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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Solenidade de São Pedro e São Paulo, Apóstolos.

Estes Mártires Viram o que Pregaram 
O martírio dos santos apóstolos Pedro e Paulo consagrou para nós este dia. Não falamos de mártires desconhecidos. Sua voz ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do mundo a sua palavra (Sl 18,5). Estes mártires viram o que pregaram, seguiram a justiça, proclamaram a verdade, morreram pela verdade.
São Pedro, o primeiro dos apóstolos, que amava Cristo ardentemente, mereceu escutar: Por isso eu te digo que tu és Pedro (Mt 16,19). Antes, ele havia dito: Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo (Mt 16,16). E Cristo retorquiu: Por isso eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra construirei minha Igreja (Mt 16,18). Sobre esta pedra construirei a fé que haverás de proclamar. Sobre a afirmação que fizeste: Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo, construirei a minha Igreja. Porque tu és Pedro. Pedro vem de pedra; não é pedra que vem de Pedro. Pedro vem de pedra, como cristão vem de Cristo. Como sabeis, o Senhor Jesus, antes de sua paixão, escolheu alguns discípulos, aos quais deu o nome de apóstolos. Dentre estes, somente Pedro mereceu representar em toda parte a personalidade da Igreja inteira. Porque sozinho representava a Igreja inteira, mereceu ouvir estas palavras: Eu te darei as chaves do Reino dos Céus (Mt 16,19). 
Na verdade, quem recebeu estas chaves não foi um único homem, mas a Igreja una. Assim manifesta-se a superioridade de Pedro, que representava a universalidade e a unidade da Igreja, quando lhe foi dito: Eu te darei. A ele era atribuído pessoalmente o que a todos foi dado. Com efeito, para que saibais que a Igreja recebeu as chaves do Reino dos Céus, ouvi o que, em outra passagem, o Senhor diz a todos os seus apóstolos: Recebei o Espírito Santo. E em seguida: A quem perdoardes os pecados, eles serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos (Jo 20,22-23).
No mesmo sentido, também depois da ressurreição, o Senhor entregou a Pedro a responsabilidade de apascentar suas ovelhas. Não que dentre os outros discípulos só ele merecesse pastorear as ovelhas do Senhor; mas quando Cristo fala a um só, quer, deste modo, insistir na unidade da Igreja. E dirigiu-se a Pedro, de preferência aos outros, porque, entre os apóstolos, Pedro é o primeiro.
Não fiques triste, ó apóstolo! Responde uma vez, responde uma segunda, responde uma terceira vez. Vença por três vezes a tua profissão de amor, já que por três vezes o temor venceu a tua presunção. Desliga por três vezes o que por três vezes ligaste. Desliga por amor o que ligaste por temor. E assim, o Senhor confiou suas ovelhas a Pedro, uma, duas e três vezes.
Num só dia celebramos o martírio dos dois apóstolos. Na realidade, os dois eram como um só. Embora tenham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu. Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois apóstolos.


Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo
(Sermo 295,1-2.4.7-8:PL38,1348-1352)

(Séc.V)

terça-feira, 28 de junho de 2011

Vaticano divulga participação do Papa na Jornada da Juventude

A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou no último sábado, 25, o programa oficial da viagem do papa Bento XVI a Madri (Espanha), por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que acontecerá na capital espanhola, de 16 a 21 de agosto. Uma das novidades do programa será a confissão de alguns jovens com o papa. Bento XVI chegará à capital espanhola na quinta-feira, 18 de agosto. Ali fará o seu primeiro discurso no aeroporto internacional de Barajas.
Às 19h30, do dia 18, presidirá a celebração de acolhida dos jovens na Praça de Cibeles onde fará o seu segundo discurso em território espanhol.
Na sexta-feira, 19, Bento XVI iniciará seus trabalhos às 7h30 com uma missa privativa, na Capela da Nunciatura Apostólica em Madri. Às 10h, realizará uma visita de cortesia aos Reis da Espanha, no Palácio de La Zarzuela, de Madri. Às 11h30 presidirá um encontro com jovens religiosas no “Patio de los Reyes de El Escorial”.
Às 12h o papa presidirá um encontro com os jovens professores universitários na Basílica de San Lorenzo del Escorial. Às 13h45 almoçará com um grupo de jovens no Salão dos Embaixadores da Nunciatura.
Às 17h o Santo Padre participará de um encontro oficial com o presidente espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, na Nunciatura. Logo em seguida, às 19h30 presidirá a Via Sacra com os jovens na Praça de Cibeles.
Para o sábado, 20, está programada a confissão de alguns jovens da JMJ, nos Jardins del Buen Retíro. Às 10h presidirá uma missa com os seminaristas na Catedral de Santa María la Real de la Almudena de Madri.
Às 12h45 almoçará com os cardeais da Espanha, os bispos da província de Madri e o séquito papal na residência do arcebispo de Madri e presidente da Conferência Episcopal Espanhola, cardeal Antônio Maria Rouco Varela.
Às 17h o papa se encontrará com os membros do Comitê Organizador da JMJ Madri 2011, na Nunciatura. Às 19h40 visitará a Fundação Instituto San José de Madri onde pronunciará um discurso.
Às 20h30 presidirá a Vigília de Oração com os Jovens no Aeródromo de Quatro Ventos em Madri aonde pronunciará um discurso.
No domingo 21 de agosto, o papa Bento XVI presidirá a missa de encerramento da 26ª Jornada Mundial da Juventude, às 9h30, no Aeródromo de Quatro Ventos, logo depois rezará com os presentes a Oração Mariana do Angelus.
Às 12h45 o papa almoçará com os cardeais da Espanha. Às 17h00 se despedirá dos presentes e, às 17h30, presidirá um Encontro com os voluntários da JMJ no Pavilhão 9 do novo centro de exposições Madrid.
Às 18h30 a cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional de Barajas, de Madri, onde fará seu último discurso em solo espanhol. Seu avião deverá decolar às 19h em direção a Roma.
Fonte: http://www.cnbb.org.br/site/

Encontro Internacional de Jovens Vicentinos/De 12-15 de agosto em Madri.

domingo, 26 de junho de 2011

XII Encontro Nacional da Familia Vicentina em Goiânia


Bem Aventuradas, Filhas da Caridade, Mártires de Arras


As primeiras Filhas da Caridade  chegaram a Arras em 1656, enviadas pelo próprio São Vicente e por Santa Luisa de Marillac. Um século depois, ali permaneciam, dedicadas às obras preferidas pelo coração dos Fundadores: escola gratuita para as meninas, visita aos Pobres e assistência aos enfermos, tanto no hospital como em suas próprias casas.
Por sua bravura e abnegada disposição para o serviço dos Pobres, estas Filhas da Caridade merecem todo reconhecimento possível, pois fizeram de sua própria consagração a Deus e de sua alegre e generosa entrega aos irmãos um canto de louvor ao Criador, Deus de toda vocação, rico em misericórdia e bom para com todos, especialmente para com os mais pobres e desamparados.
Maria Madalena Fontaine nasceu a 22 de abril de 1723, em Etrépagny (França). Desejando consagrar toda sua vida a Deus e aos Pobres, entrou para a Companhia das Filhas da Caridade a 09 de julho de 1748. Desde então, demonstrou grande santidade de vida, espírito de liderança e disposição para o trabalho, por mais pesado que fosse. Logo foi nomeada Irmã Servente (responsável pela Comunidade e pela obra) da Casa da Caridade de Arras.
Quando a Revolução Francesa se iniciou, em 1789, e as congregações religiosas começaram a ser perseguidas, as Filhas da Caridade de Arras, em reconhecimento de seu inestimável trabalho junto aos mais pobres, receberam dos revolucionários um voto de confiança e puderam continuar se dedicando  ao nobre exercício da caridade. No entanto, Irmã Fontaine, intuindo as grandes dificuldades que ainda sobreviriam sobre a Companhia, baseando-se em sua experiência e percebendo atentamente a realidade circunstante, preferiu enviar as Irmãs jovens e as mais debilitadas para outra Comunidade, longe do perigo dos revolucionários.

BEM-AVENTURADA NEMÉSIA VALLE (1847-1916) – Irmã da Caridade de Santa Joana Antida Thouret

Em Aosta, na Itália, aos 26 de junho de 1847, nasceu Giulia, filha de Anselmo, comerciante que viajava muito, e Maria Cristina Dalbar. Com a morte de sua mãe, Giulia, com 4 anos, e seu irmãozinho Vincenzo foram morar na casa do avô paterno.
Com 11 anos, Giulia foi para Besançon, na França, a fim de estudar no pensionato das Irmãs da Caridade de Santa Joana Antida Thouret. Junto das Irmãs, enriqueceu sua cultura, aprendeu a língua francesa, o bordado e muitas outras coisas. Ali, adquiriu também uma delicada e profunda bondade que a foi formando como uma pessoa afável, meiga e atenta aos outros.
Após cinco anos, regressou a sua terra natal. O pai, casado uma segunda vez, morava em Pont Saint-Martin e sua situação familiar não era das melhores. Eram muitas as suas dificuldades. O irmão, não suportando as circunstâncias, logo abandonaria a casa, sem jamais dar notícias.
Neste ínterim, chegaram à cidade as Irmãs da Caridade e Giulia se reencontrou com uma Irmã que a ajudara e animara em Besançon, como sua professora. Vendo o estilo de vida da antiga mestra, toda doada a Deus e aos outros, Giulia decidiu ser uma delas. Assim, a 08 de setembro de 1866, começou seu noviciado em Vercelli. Uma nova vida se iniciava para a jovem: seriam tempos de paz e de alegria, tempo para aprofundar sua intimidade com Deus, o conhecimento de si mesma e de sua missão. Sua oração era decidida: Jesus, despoja-me e reveste-me de Ti. Jesus, por ti vivo, por ti morro. A cada dia, sua vida espiritual se firmava e se desenvolvia. A contemplação do mistério de Deus e de seu amor norteava toda sua vida e a levava a se dedicar ainda mais aos Pobres e sofredores. Só da Eucaristia e da oração se pode obter a força para superar o egoísmo e ir até os Pobres, àqueles que mais sofrem. Terminando seu noviciado, e com o nome de Irmã Nemésia, intensificou sua consagração e seu apostolado entre os mais abandonados.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

João Batista, o maior dos profetas

No dia 24 de junho, a Igreja celebra a solenidade litúrgica do nascimento de João Batista, “o maior dos profetas”, que foi enviado “para preparar os caminhos do Senhor”. Ele e a Virgem Maria são os únicos em que a liturgia lembra o nascimento. Os demais santos são comemorados no dia da morte, mas João é comemorado duas vezes: no nascimento e no seu martírio, celebrado em 29 de agosto.
A celebração da natividade de João Batista evoca a manifestação da graça e bondade de Deus. O lema é a frase de Zacarias, seu pai, no evangelho dessa solenidade: “Seu nome é João”. A frase é uma mensagem da gratuidade e bondade divinas. O próprio nome – Yohanan – significa “Deus se mostrou misericordioso”. É importante lembrar que seus pais, Zacarias e Isabel, eram idosos e a mãe, estéril. Portanto o nascimento de João revela o poder e a bondade de Deus e é um sinal claro da importante missão que a ele é confiada.
Ele é o “profeta do Altíssimo” e seu modo de viver lembra Elias, o profeta que vivia no deserto, impelido pelo Espírito. Aliás, no evangelho de Lucas, o anjo anuncia que João andará no espírito de Elias, o mais típico “homem de Deus” do Antigo Testamento.
João é testemunha da Luz, sobretudo por ter apontado Cristo no meio da humanidade. Ele encarna a plenitude do Antigo Testamento e a preparação para o Evangelho. E teve a graça de batizar o próprio Cristo, marcando o início da missão do divino Salvador.

O maior dos profetas

“Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e resgatou o seu povo.” Assim o evangelho de Lucas inicia o canto de Zacarias que louva a Deus pelo nascimento do filho João Batista. E mais adiante ele proclama: “E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo porque irás adiante da face do Senhor a preparar os seus caminhos.” (Lc 1, 68.76)
No dia 24 de junho, com muita alegria, a Igreja solenemente celebra o nascimento de São João Batista que, ao lado da Virgem Maria, são os únicos em que a liturgia lembra o nascimento. Os demais santos são comemorados no dia da morte – quando terminam sua missão e nascem para a vida eterna – mas João é comemorado duas vezes: no nascimento e no seu martírio, celebrado em 29 de agosto.

Fiéis de São Raimundo Nonato vão, no Estádio do Mangueirão, adorar Cristo Eucaristico e acolher o novo bispo auxiliar de Belém/Pa


quinta-feira, 23 de junho de 2011

A eucaristia e o 'amor primeiro'.

Estamos na semana da festa de Corpus Christi, celebração litúrgica do "corpo de Cristo entregue e do sangue derramado por nós". É a solene comemoração do amor do Filho de Deus, que deu a vida para nos salvar.
1) Na Quinta-Feira Santa recordamos a última ceia, na qual Jesus instituiu o Sacrifício da Nova Aliança e a selou com seu próprio sangue, aceitando a morte violenta na cruz. O apóstolo João faz a apologia desse "amor primeiro" pelo qual Jesus Cristo -antes de qualquer resposta de nossa parte- entregou-se a Deus pai por nós (1 Jo 4,8). A ênfase litúrgica é colocada no amor de Cristo por nós. "Não há maior amor do que dar a vida pelo amado" (Jo 15, 13).
2) Na festa do "corpo de Cristo" louvamos a Deus pelo grande dom da eucaristia. Um aspecto primordial nessa celebração é a resposta da nossa parte à doação do salvador. "Deu a vida por nós", diz são João, que conclui: "Também nós devemos dar a vida pelos irmãos" (1 Jo 3,16). Amor com amor se paga. Assim, a mensagem e o significado do "corpo entregue de Cristo" é a descoberta de que, ao amor gratuito e "primeiro" de Deus para conosco, deve corresponder o nosso "amor primeiro" aos irmãos: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amo" (Jo 13,35). Entrar em comunhão com Cristo pela eucaristia é imitar o divino salvador e comprometer-se em empenhar-se a fim de que todos tenham vida.
3) Em cada celebração eucarística, estamos pedindo a Deus que nos auxilie a cumprir o mandamento da nova lei, amando "primeiro" -com plena gratuidade- aos irmãos, a começar dos mais necessitados. A eucaristia é, assim, fonte de doação fraterna e tende a se expressar em gestos de solidariedade e partilha, lançando, ainda nesta vida, as bases para um tipo novo de sociedade, marcada pela justiça, concórdia e paz.
4) Concentra-se, portanto, na eucaristia um enorme potencial de doação e serviço ao próximo, nascido do mandamento do amor, que deveria dinamizar cada um de nós e a comunidade cristã para atender às necessidades espirituais e materiais do nosso povo. Nessa perspectiva insere-se o trabalho de evangelização como forma de aproximação mais pessoal, como visitas domiciliares, roteiros de reflexão para grupos de famílias, catequese crismal para os jovens, cursos de teologia para leigos, preparação e acompanhamento de casais, diálogo ecumênico e inter-religioso.
Na mesma vontade de servir vão as comunidades descobrindo como ir ao encontro das situações de injustiça social e pobreza. Crescem a consciência da cidadania e o compromisso político como forma qualificada do amor cristão. Entre as iniciativas imediatas mais frequentes, intensificam-se as atividades da Pastoral das Crianças, os cuidados para deficientes, enfermos e idosos. Recente é o método de atendimento em família aos portadores de HIV. Várias comunidades, neste ano, criaram bancos de emprego, recebendo pedidos e habilitando candidatos. Há união de esforços para construção de casas em mutirão, assentamento de famílias, organização de trabalhos artesanais e distribuição de alimentos, roupas e remédios.
São formas de expressar a fraternidade cristã e de promover o bem comum que nascem do zelo em imitar o coração de Jesus realmente presente na eucaristia. O corpo entregue e o sangue derramado de Cristo permanecem para sempre como o grande exemplo de amor a ser seguido. São também o alimento que nos fortalece a fim de sermos capazes de cumprir a missão de tornar visível no mundo de hoje o amor primeiro que o Espírito Santo em nós infunde.
Dom Luciano Mendes de Almeida, SJ

Catequese do Papa: aprendendo a orar com os Salmos

Queridos irmãos e irmãs:
Nas catequeses anteriores, vimos algumas figuras do Antigo Testamento, particularmente significativas, em nossa reflexão sobre a oração. Falei sobre Abraão, que intercede pelas cidades estrangeiras; sobre Jacó, que, na luta noturna, recebe a bênção; sobre Moisés, que invoca o perdão sobre o povo; e sobre Elias, que reza pela conversão de Israel. Com a catequese de hoje, eu gostaria de iniciar uma nova etapa do caminho: ao invés de comentar episódios particulares de personagens em oração, entraremos no “livro da oração” por excelência, o Livro dos Salmos. Nas próximas catequeses, leremos e meditaremos alguns dos salmos mais belos e mais apreciados pela tradição orante da Igreja. Hoje, eu gostaria de introduzir esta etapa falando do Livro dos Salmos em seu conjunto.
O Saltério se apresenta como um “formulário”de orações, uma seleção de 150 salmos que a tradição bíblica oferece ao povo dos crentes para que se converta em sua (nossa) oração, nosso modo de dirigir-nos a Deus e de relacionar-nos com Ele. Neste livro, encontra expressão toda a experiência humana, com suas múltiplas facetas, e todo o leque dos sentimentos que acompanham a existência do homem. Nos Salmos, entrelaçam-se e se exprimem alegria e sofrimento, desejo de Deus e percepção da própria indignidade, felicidade e sentido de abandono, confiança em Deus e dolorosa solidão, plenitude de vida e medo de morrer. Toda a realidade do crente conflui nestas orações, que o povo de Israel primeiro e a Igreja depois assumiram como meditação privilegiada da relação com o único Deus e resposta adequada em sua revelação na história. Quanto à oração, os salmos são a manifestação do ânimo e da fé, nos quais se pode reconhecer e nos quais se comunica esta experiência de particular proximidade de Deus, à qual todos os homens estão chamados. E é toda a complexidade da existência humana que se concentra na complexidade das diversas formas literárias dos diferentes salmos: hinos, lamentações, súplicas individuais e coletivas, cantos de agradecimento, salmos penitenciais e outros gêneros que podem ser encontrados nestas composições poéticas.
Apesar desta multiplicidade expressiva, podem estar identificados dois grandes âmbitos que sintetizam a oração do Saltério: a súplica, conectada com o lamento, e o louvor, duas dimensões correlacionadas e quase inseparáveis. Porque a súplica está motivada pela certeza de que Deus responderá, e este gesto abre ao louvor e à ação de graças; e o louvor e o agradecimento surgem da experiência de uma salvação recebida, que supõe uma necessidade de ajuda que a súplica expressa. Na súplica, o salmista se lamenta e descreve sua situação de angústia, de perigo, de desolação ou, como nos salmos penitenciais, confessa a culpa, o pecado, pedindo para ser perdoado.

São João do Seminário com os benfeitores(as)

                                                                                 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Celebração da Beatificação da Bem Aventurada Margarida Rutan.

Festa de Corpos Christi marca a chegada de Dom Teodoro Mendes Tavares à arquidiocese de Belém

A arquidiocese de Belém (PA) está em fase final de preparação para a festividade de Corpus Christi, quinta-feira, 23, e também para a apresentação do novo bispo auxiliar, que chega a arquidiocese no mesmo dia de Corpos Christi, após sua ordenação episcopal, que aconteceu no dia 8 de maio, na ilha de São Tiago, em Cabo Verde, presidida por Dom Alberto Taveira, arcebispo de Belém.

Tríduo

Um tríduo eucarístico em preparação à festa de Corpus Christi inicia-se neste domingo 19 em todas as paróquias da arquidiocese de Belém. Nos três dias que antecedem a celebração haverá um tema específico. Na segunda-feira será "Deixai vir a mim as criancinhas"; na terça, voltada para a juventude, "Senhor, o que preciso fazer para ganhar a vida eterna?" e na quarta-feira: "Eu e minha família serviremos o Senhor".

sexta-feira, 17 de junho de 2011

BEATIFICAÇÃO de Irmã Margarida Rutan, Filha da Caridade, 19 de junho de 2011

«À vida dos Santos, não pertence somente a sua biografia terrena, mas também o seu viver e agir em Deus depois da morte. Nos Santos, torna-se óbvio como quem caminha para Deus não se afasta dos homens, antes pelo contrário torna-se-lhes verdadeiramente vizinho» (DeusCaritas est, 42).
Eis um pouco de sua vida:
Margarida Rutan nasceu em 23 de abril de 1736, em Metz, na Lorena; foi batizada no mesmo dia. Margarida é a 8ª de 15 filhos. Marie Forat, sua mãe, é profundamente cristã e seu pai, Charles Gaspard Rutan, trabalhador honesto e corajoso. Com eles, ela aprende a acolher a vida como um dom de Deus.
Seu pai ensina a filha matemática e desenho. Em breve, ela é capaz de assumir a contabilidade da empresa de seu pai. Margarida ajudará toda a sua família até a idade de 21 anos.
Habitada por convicções profundas, ela compreende que Jesus a chama; com Ele, ela busca orientar suas forças ao serviço dos pobres.
Em 1756, Ir. Margarida Rutan entrou na Companhia das Filhas da Caridade para estar perto daqueles que sofrem ou que a história marginaliza e exclui. Ela deseja servi-los. Seguindo o Cristo, ela deseja suscitar a vida e a caridade ao seu redor, encorajar uma dinâmica de caridade. Durante 20 anos, ela coloca a serviço dos pobres, tudo o que ela é e recebe sem cessar de Deus e dos outros, aonde quer que os superiores a enviem.
Em 1779, seus superiores lhe confiam o serviço de uma comunidade no hospital de Dax. Durante dez anos, Ir. Margarida e suas Irmãs mantêm uma relação simples e fraterna com toda a população da cidade que lhes manifesta consideração, respeito e admiração.
1789, um período turbulento começa: a Revolução. Ele perturbou profundamente o país e atingiu pessoalmente Ir. Margarida, fazendo-lhe conhecer o sofrimento e a morte (9 de abril de 1794). É sua fidelidade ao Cristo e a Igreja que conduz Ir. Margarida ao martírio. Com efeito, a vida de Ir. Margarida era profundamente ancorada na pessoa de Cristo e sua Palavra. Cada dia, na escuta da Palavra, ela fazia a experiência do amor de Deus que modelava seu ser em profundidade e a comprometia a servir como Ele.
A exemplo de Cristo, Servo dos seus irmãos, ajoelhado para lavar os pés, Ir. Margarida deu sua vida para servir os pobres, os doentes e construir a fraternidade com todos.
A exemplo de Cristo, Servo da vontade do Pai, Ir. Margarida orientou toda a sua vida em relação ao Evangelho, desejando somente uma coisa: realizar a vontade de Deus.
A exemplo de Cristo, Servo Sofredor, desprezado, perseguido, Ir. Margarida se abandonou totalmente em Deus. Durante a tormenta revolucionária, ela testemunhou seu amor ao extremo.
A Igreja, reconhecendo seu martírio, marcou a data da Beatificação de Irmã Margarida RUTAN para 19 de junho de 2011, em Dax, nas Landes, na França.

Video sobre Irmã Margarida Rutan.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Catequese do Papa: a oração de Elias e o fogo de Deus

Queridos irmãos e irmãs:
Na história religiosa do antigo Israel, os profetas tiveram grande relevância, com seus ensinamentos e sua pregação. Entre eles, surge a figura de Elias, suscitado por Deus para levar o povo à conversão. Seu nome significa “o Senhor é meu Deus” e é de acordo com este nome que se desenvolve toda a sua vida, consagrada inteiramente a provocar no povo o reconhecimento do Senhor como único Deus. De Elias o Eclesiástico diz: “O profeta Elias surgiu como o fogo, e sua palavra queimava como tocha” (Eclo 48,1). Com esta chama, Israel volta a encontrar seu caminho rumo a Deus. Em seu ministério, Elias reza: invoca o Senhor para que devolva a vida ao filho de uma viúva que o havia hospedado (cf. 1Re 17,17-24), grita a Deus seu cansaço e sua angústia, enquanto foge pelo deserto, jurado de morte pela rainha Jezabel (cf. 1Re 19,1-4), mas sobretudo no monte Carmelo, onde se mostra todo o seu poder de intercessor, quando, diante de todo Israel, reza ao Senhor para que se manifeste e converta o coração do povo. É o episódio narrado no capítulo 18 do Primeiro Livro dos Reis, no qual hoje nos deteremos.
Encontramo-nos no reino do Norte, no século IX antes de Cristo, em tempos do rei Ajab, em um momento em que Israel havia se criado uma situação de aberto sincretismo. Junto ao Senhor, o povo adorava Baal, o ídolo tranquilizador de quem se acreditava que vinha o dom da chuva e a quem, por isso, se atribuía o poder de dar fertilidade aos campos e vida aos homens e às bestas. Ainda pretendendo seguir o Senhor, Deus invisível e misterioso, o povo buscava segurança também em um deus compreensível e previsível, de quem acreditava poder obter fecundidade e prosperidade em troca de sacrifícios. Israel estava cedendo à sedução da idolatria, a contínua tentação do crente, figurando-se poder “servir a dois senhores” (cf. Mt 6,24; Lc 16,13) e de facilitar os caminhos inescrutáveis da fé no Onipotente, colocando sua confiança também em um deus impotente feito por homens.
Precisamente para desmascarar a necedade enganosa dessa atitude, Elias reúne o povo de Israel no monte Carmelo e o coloca diante da necessidade de fazer uma escolha: “Se o Senhor é o verdadeiro Deus, segui-o; mas, se é Baal, segui a ele” (1Re 18, 21). E o profeta, portador do amor de Deus, não deixa sua gente sozinha diante desta escolha, mas o ajuda, indicando o sinal que revelará a verdade: tanto ele como os profetas de Baal prepararão um sacrifício e rezarão, e o verdadeiro Deus se manifestará respondendo com o fogo que consumirá a oferenda. Começa assim a confrontação entre o profeta Elias e os seguidores de Baal, que na verdade é entre o Senhor de Israel, Deus de salvação e de vida, e o ídolo mudo e sem consistência, que não pode fazer nada, nem para bem nem para mal (cf. Jr 10,5). E começa também a confrontação entre duas formas completamente diferentes de dirigir-se a Deus e de rezar.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Catequese do Papa: “Juntos em Cristo”

Queridos irmãos e irmãs: 
Hoje eu gostaria de falar-vos sobre a visita pastoral à Croácia, que realizei no sábado e domingo passados. Foi uma viagem apostólica breve, que se desenvolveu inteiramente na capital, Zagreb, mas ao mesmo tempo rica de encontros e sobretudo de um intenso espírito de fé, já que os croatas são um povo profundamente católico. Renovo meu mais vivo agradecimento ao cardeal Bozanić, arcebispo de Zagreb, a Dom Srakić, presidente da Conferência Episcopal, e aos demais bispos da Croácia, como também ao presidente da República, pelo caloroso acolhimento que me ofereceu. Meu reconhecimento se dirige a todas as autoridades civis e a todos os que colaboraram, de diversas formas, para tal evento, especialmente às pessoas que ofereceram orações e sacrifícios por esta intenção.

“Juntos em Cristo”: este foi o lema da minha visita. Ele expressa, antes de tudo, a experiência de reencontrar-se todos unidos no nome de Cristo, a experiência de ser Igreja, manifestada na reunião do Povo de Deus ao redor do Sucessor de Pedro. Mas “Juntos em Cristo” tinha, neste caso, uma referência concreta à família: de fato, o principal motivo da minha visita era o 1º Dia Nacional das Famílias Católicas croatas, culminado com a Concelebração Eucarística do domingo pela manhã, que contou com a participação, no hipódromo de Zagreb, de uma grande multidão de fiéis. Foi muito importante, para mim, confirmar na fé sobretudo as famílias, que o Concílio Vaticano II chamou de “igrejas domésticas” (cf. Lumen gentium, 11). O Beato João Paulo II, que visitou a Croácia três vezes, deu uma grande importância ao papel da família na Igreja; assim, com esta viagem, eu quis dar continuidade a este aspecto do seu magistério. Na Europa de hoje, as nações de sólida tradição cristã têm uma especial responsabilidade na defesa e promoção do valor da família fundada no matrimônio, que é, portanto, decisiva, tanto no âmbito educativo como no social. Esta mensagem tinha uma particular relevância para a Croácia, que, rica em patrimônio espiritual, ético e cultural, se prepara para entrar na União Europeia.

A Santa Missa foi celebrada no peculiar clima espiritual da novena de Pentecostes. Como em um grande “cenáculo” a céu aberto, as famílias croatas se reuniram em oração, invocando juntas o dom do Espírito Santo. Isso me deu a maneira de destacar o dom e o compromisso da comunhão na Igreja, assim como a oportunidade de incentivar os cônjuges em sua missão. Em nossos dias, enquanto infelizmente se constata a multiplicação das separações e dos divórcios, a fidelidade dos cônjuges se tornou em si um testemunho significativo do amor de Cristo, que permite viver o matrimônio para o que é, ou seja, a união de um homem e de uma mulher que, com a graça de Cristo, se amam e se ajudam durante a vida, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. A primeira educação na fé consiste exatamente no testemunho desta fidelidade ao pacto conjugal; dela, os filhos aprendem sem palavras que Deus é amor fiel, paciente, respeitoso e generoso. A fé no Deus que é Amor se transmite antes de tudo com o testemunho de uma fidelidade ao amor conjugal, que se traduz naturalmente em amor pelos filhos, fruto desta união. Mas esta fidelidade não é possível sem a graça de Deus, sem o apoio da fé e do Espírito Santo. Este é o motivo pelo qual Nossa Senhora não deixa de interceder diante do seu Filho, para que – como nas bodas de Caná – renove continuamente nos cônjuges o dom do “vinho bom”, isto é, da sua Graça, que permite viver em “uma só carne”, nas diversas idades e situações da vida.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC) começou no último domingo, dia 5. A iniciativa, que tem como principal objetivo reunir irmãos de fé em prol da unidade cristã deve movimentar igrejas em todo o Brasil. O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), em nota assinada pelo seu presidente, o bispo de Chapecó (SC), dom Manoel João Francisco, e pelo secretário geral, reverendo Luiz Alberto Barbosa, anima o engajamento de todas as comunidades na SOUC.
“Queremos convidá-lo, juntamente com a sua Comunidade Eclesial, a realizar conosco a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2011. Como é costume no hemisfério sul, ela vai ser celebrada entre as festas de Ascensão e Pentecostes, um período bem simbólico para as comunidades cristãs e, neste ano, ocorrerá do dia 5 ao dia 12, com o tema “Unidos no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (Cf. Atos 2,42). Somos motivados a fazer desta Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos mais um momento importante na vida do movimento ecumênico brasileiro”, destacou a nota assinada pela presidência do CONIC.
Na opinião do secretário geral, reverendo Luiz Alberto, a SOUC 2011 promete ser um marco. “Estou muito esperançoso de que a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos deste ano será muito positiva. Temos recebido ligações de todas as partes para a obtenção de informações acerca da comemoração. Percebo que o interesse das comunidades em celebrar a SOUC tem crescido ano a ano, fato que nos deixa muito contentes e, ao mesmo tempo esperançosos de, um dia, ver a unidade reinar suprema diante de todo o povo cristão”, afirmou.
“A Semana de Oração 2011, que termina no dia 12, demonstra a unidade, apontando que a fé cristã possui centros comuns como, por exemplo, os Apóstolos, que foram responsáveis por compilar os ensinamentos de Jesus Cristo. Vale lembrar que cada paróquia, região, sínodo, diocese e afins possuem programações específicas para a comemoração da SOUC”, destacou o presidente do CONIC, dom Manoel João Francisco.
No site da Santa Sé, na parte do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, há um subsídio preparado para a Semana 2011, e nele [subsídio] constam textos bíblicos; introdução à celebração ecumênica; roteiro de celebração; reflexões bíblicas e orações para os oito dias; textos históricos; cronologia dos temas das SOUC e outros materiais.
Os primeiros passos para que começasse a ocorrer anualmente a Semana de Oração foi dado há exatamente 101 anos, na cidade escocesa de Edimburgo, quando teve início a Conferência Missionária Mundial, um encontro que tinha como objetivo propor a unidade dos cristãos para a missão. Para povos não cristianizados, era difícil compreender divergências doutrinais entre pessoas que seguiam um mesmo credo religioso, sob a égide de um só Cristo. Daí a proposta de criar uma unidade dialogal entre comunidades cristãs de diferentes tradições teológicas.
O princípio que regia essa ideia, em última análise, era simples: muito mais é o que nos une do que aquilo que nos separa (Mc 9,40). A partir de então, houve um esforço coletivo das igrejas presentes nesta conferência de exaltar o diálogo e minimizar o confronto, pois todos levavam a mesma cruz, o mesmo amor e, consequentemente, compartilhavam um só objetivo: anunciar as boas novas do Salvador (Mt 10,7).
Fonte:CNBB

Area Missionária deTianguá/Ce celebra seu padroeiro Santo Antonio.

No periodo de 03 a 13 de junho toda a comunidade, da area missionária de Tianguá, celebrará e festejará seu padroeiro Santo Antonio. O tema Geral a ser refletido durante o novenário será: Com Santo Antonio, em missão, preservando a vida no planeta.
Todas as noites terão novenas e missas com a participação das comunidades. Na parte social contamos com o serviço de barracas, quadrilhas, bingos e muita animação.... Na procissão final haverá a caminhada pela preservação da vida no planeta.