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sexta-feira, 18 de março de 2011

Festa de São José

São raros os dados sobre as origens, a infância e a juventude de José, o humilde carpinteiro de Nazaré, pai terrestre e adotivo de Jesus Cristo, e esposo da Virgem de todas as virgens, Maria. Sabemos apenas que era descendente da casa de David. Mas, a parte de sua vida da qual temos todo o conhecimento basta para que sua canonização seja justificada. José é, praticamente, o último elo de ligação entre o Velho e o Novo Testamento, o derradeiro patriarca que recebeu a comunicação de Deus vivo, através do caminho simples dos sonhos. Sobretudo escutou a palavra de Deus vivo. Escutando no silêncio.
Nas Sagradas Escrituras não há uma palavra sequer pronunciada por José. Mas, sua missão na História da Salvação Humana é das mais importantes: dar um nome a Jesus e fazê-lo descendente de David, necessário para que as profecias se cumprissem. Por isso, na Igreja, José recebeu o título de "homem justo". A palavra "justo" recorda a sua retidão moral, a sua sincera adesão ao exercício da lei e a sua atitude de abertura total à vontade do Pai celestial. Também nos momentos difíceis e às vezes dramáticos, o humilde carpinteiro de Nazaré nunca arrogou para si mesmo o direito de pôr em discussão o projeto de Deus. Esperou a chamada do Senhor e em silêncio respeitou o mistério, deixando-se orientar pelo Altíssimo.
Quando recebeu a tarefa, cumpriu-a com dócil responsabilidade: escutou solícito o anjo, quando se tratou de tomar como esposa a Virgem de Nazaré, na fuga para o Egito e no regresso para Israel (Mt 1 e 2, 18-25 e13-23). Com poucos mas significativos traços, os evangelistas o descreveram como cuidadoso guardião de Jesus, esposo atento e fiel, que exerceu a autoridade familiar numa constante atitude de serviço. As Sagradas Escrituras nada mais nos dizem sobre ele, mas neste silêncio está encerrado o próprio estilo da sua missão: uma existência vivida no anonimato de todos os dias, mas com uma fé segura na Providência.
Somente uma fé profunda poderia fazer com que alguém se mostrasse tão disponível à vontade de Deus. José amou, acreditou, confiou em Deus e no Messias, com toda sua esperança. Apesar da grande importância de José na vida de Jesus Cristo não há referências da data de sua morte. Os teólogos acreditam que José tenha morrido três anos antes da crucificação de Jesus, ou seja quando Ele tinha trinta anos.
Por isso, hoje é dia de festa para a Fé. O culto a São José começou no Egito, passando mais tarde para o Ocidente, onde hoje alcança grande popularidade. Em 1870, o Papa Pio IX o proclamou São José, padroeiro universal da Igreja e, a partir de então, passou a ser venerado no dia 19 de março. Porém, em 1955, o Papa Pio XII fixou também, o dia primeiro de maio para celebrar São José, o trabalhador. Enquanto, o Papa João XXIII, inseriu o nome de São José no Cânone romano, durante o seu pontificado.




 
Fonte: Site Paulinas

Circular do Superior Geral para Quaresma

A todos os membros da Família Vicentina
Queridos Irmãos e Irmãs,

           Que a graça e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo preencha os vossos corações agora e sempre!
          Escrevendo esta carta da Quaresma para 2011, estou muito consciente dos frutos do ano jubilar que celebramos pelo 350º aniversário da morte de São Vicente e Santa Luísa. Espero que este ano nos permita aprofundar nossa relação com Deus, nossas relações entre nós como Família Vicentina, e em particular com os nossos Senhores e Mestres, os Pobres.
         Como é do nosso conhecimento, a Quaresma é um tempo intenso para examinar nossas relações pessoais, na consciência de nossos limites e de nossas faltas. Sobretudo, é um tempo para nos voltarmos para os outros, e com certeza para Deus, para curar nossas relações, a fim de que nossos corações possam ser novamente preenchidos e transbordantes de Sua compaixão.
        Recentemente, participei de uma oficina que a Comunidade de Santo Egídio organiza a pedido dos Bispos e amigos de Santo Egídio. O fundador deste magnífico movimento leigo, Andrea Riccardi, abriu o encontro com um discurso que se dirigia a todos os participantes mas, sobretudo aos Bispos, como pastores da Igreja. Ele tomou o Papa João Paulo II como modelo para os Bispos. O ponto essencial de sua partilha foi o exemplo que João Paulo II dava como homem de encontros, especialmente em seus encontros com Deus e com os pobres. É interessante ver que os Bispos presentes, em seus comentários, ficaram edificados por esta reflexão simples, porém profunda. Eu mesmo fiquei edificado, mas meditei sobre o fato de que, em si, não havia nada que já não soubéssemos. Isto é, que o próprio Jesus Cristo nos ensinou; e como discípulos, somos chamados a imitá-Lo em sua relação única com o Pai e também, a imitar sua maneira de ir ao encontro das pessoas marginalizadas da sociedade.
       Certamente, nosso próprio fundador, São Vicente de Paulo, nos chama a este encontro com Deus quando diz: "Dai-me um homem de oração e ele será capaz de tudo!" . Chama-nos a esta profunda relação com o Pai, como era a do próprio Jesus. São Vicente nos diz também que: “a verdadeira religião, nós a encontramos entre os pobres” ; em outras palavras, neste encontro profundo com Deus, fazemos igualmente a experiência do nosso encontro com os pobres. E, como São Vicente no-lo afirma claramente, entre os pobres encontramos nossa salvação. Enquanto membros da Família Vicentina, peço que examinemos o duplo aspecto desta relação com Deus e com os pobres durante esta Quaresma.