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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A verdade germinou! Deus nasceu!

 "Veritas de terra orta est!" - "Da terra germinará a verdade!" (Sl 85,12).
Queridos irmãos e irmãs de Roma e de todo o mundo, um Feliz Natal para todos vocês e para as suas famílias!
Expresso os meus votos de Natal, neste Ano da fé, com estas palavras, tiradas de um Salmo: “Da terra germina a verdade”. No texto do Salmo, na verdade, o encontramos no futuro: “Da terra germinará a verdade”: é um anúncio, uma promessa, acompanhada de outras expressões, que no conjunto soam assim: “Amor e Verdade se encontram, / Justiça e Paz se abraçam; / da terra germinará a Verdade, / e a Justiça se inclinará do céu. / O próprio Senhor dará a felicidade, / e nossa terra dará seu fruto. / A Justiça caminhará à sua frente, / e com seus passos traçará um caminho" (Sl 85,11-14).
Hoje esta palavra profética foi cumprida! Em Jesus, nascido em Belém da Virgem Maria, verdadeiramente o amor e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram; mas a verdade brotou da terra e a justiça surgiu do céu. Santo Agostinho explica com clara concisão: "O que é a verdade? O Filho de Deus. O que é a terra? A carne. Pergunte-se de onde Cristo nasceu, e veja por que a verdade surgiu da terra [...] a verdade nasceu da Virgem Maria" (Em in Ps. 84, 13). E em um discurso sobre o Natal, afirma: "Com esta festa que acontece todos os anos celebramos portanto o dia em que se cumpriu a profecia: “A verdade surgiu da terra e a justiça surgiu do céu”. A Verdade que é no sentido do Pai surgiu da terra para que estivesse também no seio de uma mãe. A Verdade que rege o mundo inteiro surgiu da terra para que fosse sustentada pelas mãos de uma mulher [...] A Verdade que o céu não é grande o suficiente para conter surgiu da terra para ser deitada numa manjedoura. Com que vantagem um Deus tão sublime se fez tão humilde? Com certeza que com nenhuma vantagem para si, mas com grande vantagem para nós, se acreditamos” (Sermões, 185, 1).

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A humildade profunda da fé obediente de Maria

Catequese do Papa Bento XVI na Audiência Geral
Virgem Maria: Ícone da fé obediente
Queridos irmãos e irmãs,
No caminho do Advento a Virgem Maria ocupa um lugar particular como aquela que de maneira única esperou a realização das promessas de Deus, acolhendo na fé e na carne Jesus, o Filho de Deus, em plena obediência à vontade divina. Hoje gostaria de refletir brevemente com vocês a fé de Maria a partir do grande mistério da Anunciação.
«Chaîre kecharitomene, ho Kyrios meta sou», “Alegra-te, cheia de graça: o Senhor é convosco” (Lc 1,28). São estas as palavras – trazidas pelo evangelista Lucas – com as quais o arcanjo Gabriel se dirige a Maria. À primeira vista o termo Chaîre, “alegra-te”, parece uma saudação normal, usual no âmbito grego, mas esta palavra, se lida a partir da tradição bíblica, adquire um significado muito mais profundo. Este mesmo termo está presente quatro vezes na versão grega do Antigo Testamento e sempre como um anúncio alegre da vinda do Messias (cf Sof 3,14; Gl 2,21; Zc 9,9; Lam 4,21). A saudação do Anjo à Maria é então um convite à alegria, a uma alegria profunda, anuncia o fim da tristeza que há no mundo diante das limitações da vida, do sofrimento, da morte, da maldade, da escuridão do mal que parece obscurecer a luz da bondade divina. É uma saudação que marca o inicio do Evangelho, da Boa Nova.
Mas porque Maria é convidada a alegrar-se desta maneira? A resposta se encontra na segunda parte da saudação: “o Senhor é convosco”. Aqui também para bem compreender o sentido da expressão devemos dirigir-nos ao Antigo Testamento. No livro de Sofonias encontramos esta expressão “Alegra-te filha de Sião,... Rei de Israel é o Senhor em meio a ti... O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, um herói que salva” (3, 14-17). Nestas palavras existe uma dupla promessa feita a Israel, à filha de Sião: Deus virá como salvador e fará habitação em meio ao seu povo, no ventre da filha de Sião. No diálogo entre o anjo e Maria se realiza exatamente esta promessa: Maria é identificada com o povo escolhido por Deus, é verdadeiramente a Filha de Sião em pessoa; nela se cumpre a esperada vinda definitiva de Deus, nela faz morada o Deus vivo.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Visita do Visitador Provincial da PFCM aos Noviços em Campina Verde/MG

Sem.Nárion, Pe.Evaldo e Sem.José Carlos
No dia 11 de dezembro os noviços receberam, no Seminário Interno em Campina Verde/MG, o coirmão Pe. César que com muito amor e dedicação colocou-se disponivel para pregar dois dias de retiro,13 e 14, em preparação para o bom propósito. Dia 16 chegou o Pe. Evaldo, visitador da PFCM e o Pe. Odair da CMPS.
Dia 17 ao longo do dia foi realizada a avaliação do seminário Interno... Dia 18, as 10:30h, houve uma celebração Eucaristica de encerramento juntamente com a Família Vicentina. Em seguida tiveram um almoço festivo de confraternização. Dia 18 a tarde alguns já começaram a viajar em visita as familias. Dia 19 viajaram Nárion, Alagoas, Pe. Evaldo e José Carlos para o Ceará. Que Deus continue os abençoando.... Muita Fidelidade e perseverança na caminhada.... Conte com nossas orações. Abraço!!!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Reflexão por ocasião do Natal de Jesus

 
Irmãos,
Paz e Alegria para todos Vocês!
Dom Helder Camara nos oferece uma pequena meditação:
“ANUNCIARAM UM PRESÉPIO VIVO
Uma Jovem linda fazia as vezes de Nossa Senhora... Um Senhor, meio idoso, fazia o papel de São José... Uma Criança loura de olhos azuis, era o próprio Menino Deus... Presépio vivo ou quadro teatral? ... Quem quiser Presépio vivo entre em qualquer mocambo dos Alagados, destes onde a Família apanha comida nas latas de lixo e vive sem luz, sem água, sem esgoto, sem voz e sem vez... Há sempre Criança nova dormindo em algum caixão de querosene, ameaçada de ser roída pelos ratos, ou de ter a cabeça devorada pelos porcos... Nome da Criança? Nome aparente: Zé, Amaro ou Severino... Nome de verdade: Jesus Cristo!”
Este texto nos convida a alguns instantes silenciosos. . . O Criador e Pai prova – pelo envio de seu Filho Jesus – que a Humanidade tem o direito feliz de ser humana... Que o Espírito do Homem de Nazaré mova todos os Corações para construirmos um Mundo respirável...
Mais de 2000 anos se passaram... 
A Humanidade celebra, mais uma vez, o feliz nascimento de Jesus. Esta Humanidade se tornou, após o primeiro natal – sempre mais – humana? Os dias de dezembro são, cada ano de novo, uma oportunidade para refletirmos um pouco. 
O Criador – Amor pleno – faz a mulher e o homem viverem em um belo paraíso, lugar certamente bem humano, pois repleto de paz, felicidade e bem-estar. Mas, o mal, o negativo, o egoísmo desviam o curso dos sonhos do Pai. As filhas e os filhos, na prática menos irmãs e menos irmãos, mergulham em dor e sofrimento. Os Profetas gritam, denunciando o que está errado, e anunciando o que é bom e belo. Nasce Jesus, trazendo vida, e “vida em abundância”; vem Jesus para a Humanidade se tornar novamente humana. 
E, neste final do ano 2012? Todas e todos vivem, realmente, vida humana? As Instituições – de todos os matizes – permitem, de verdade, vida humana? Não se precisa de muito tempo para descobrir que a realidade nua e crua deixa muito a desejar. 
Escravidões individuais e coletivas, em numerosas formas, freiam a possibilidade de a vida ser, cada vez mais, humana. Vegetar não é viver humanamente. Encontrar-se na “miséria que sub-humaniza” e no “egoísmo que desumaniza” – expressões de Helder Camara – não é viver humanamente. Estar rodeado por cercas que sufocam não tem muito a ver com vida humana. Por isso, Dom Pedro Casaldáliga sentencia: “Malditas todas as cercas que nos impedem de viver e amar!”. Vez por quando tem-se a impressão que temos pós-graduação em construir cercas! Cercas em torno de nós mesmos, cercas ao redor dos outros, cercas nas sociedades, cercas nas igrejas. Deste modo não se dá continuidade à vida que Jesus desejava trazer à terra no primeiro natal. 

Concerto Natalino na Pároquia de São Raimundo Nonato - Belém/PA

A paróquia de São Raimundo Nonato promoveu, com o apoio do coro Carlos Gomes e Orquestra de Câmera um Concerto Natalino, tendo como Regente a Srª Maria Antonia Jimenez. Essa iniciativa teve como objetivo promover, desde já entre os fiéis, o espirito do Natal com lindas canções.  Feliz Natal!!!
Programa
J.S. BACH - Herrscher de  Himmels, erhore das Lallen
                      Oratorio de Natal- coro 24
G.F. HAENDEL - Messiah
MORTEN LAURIDSEN - OMagnum Mysterium
IRVIN BERLING - White Christmas
ERNANI AGUIAR - Acalentando Jesus
LUC JAKOBS - Dormi, Jesu
ARR. CYRO PEREIRA - Noite Azul
ADOLPHE-CHARLES ADAM - O Holy Nigth
JOSÉ VIEIRA BRANDÃO - Chorinho Natalino

Confraternização da Familia Vicentina do Regional Belém/PA


Encerramento e Confraternização do Seminário Pe.José Santana - Turma da Filosofia

No dia 10 de dezembro, no Seminário Pe.José Santana as 19:00hs, reuniram-se os seminaristas com a comunidade para celebrar e se confraternizarem por mais um ano de caminhada. A santa Missa foi celebrada pelo Pe.Adriano, pároco da Imaculada Conceição em Maceió, e concelebrada pelos padres Jânio, diretor da casa de Filosofia, e também pelo Pe.Silvio, diretor da casa de Teologia em Belém/Pa.
Foi uma noite muito especial, fortalecidos pela Eucaristia e também pela amizade cultivada entre todos aqueles que colaboram direto e indiretamente na formação dos futuros padres lazaristas. Que todos os seminaristas tenham uma boa viagem em visita a familia. Feliz Natal!!!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Dia Mundial da Paz - 1º de janeiro de 2013

Bem-aventurados os obreiros da paz
1. Cada ano novo traz consigo a expectativa de um mundo melhor. Nesta perspectiva, peço a Deus, Pai da humanidade, que nos conceda a concórdia e a paz a fim de que possam tornar-se realidade, para todos, as aspirações duma vida feliz e próspera.
À distância de 50 anos do início do Concílio Vaticano II, que permitiu dar mais força à missão da Igreja no mundo, anima constatar como os cristãos, Povo de Deus em comunhão com Ele e caminhando entre os homens, se comprometem na história compartilhando alegrias e esperanças, tristezas e angústias, anunciando a salvação de Cristo e promovendo a paz para todos.
Na realidade o nosso tempo, caracterizado pela globalização, com seus aspectos positivos e negativos, e também por sangrentos conflitos ainda em curso e por ameaças de guerra, requer um renovado e concorde empenho na busca do bem comum, do desenvolvimento de todo o homem e do homem todo.
Causam apreensão os focos de tensão e conflito causados por crescentes desigualdades entre ricos e pobres, pelo predomínio duma mentalidade egoísta e individualista que se exprime inclusivamente por um capitalismo financeiro desregrado. Além de variadas formas de terrorismo e criminalidade internacional, põem em perigo a paz aqueles fundamentalismos e fanatismos que distorcem a verdadeira natureza da religião, chamada a favorecer a comunhão e a reconciliação entre os homens.
E no entanto as inúmeras obras de paz, de que é rico o mundo, testemunham a vocação natural da humanidade à paz. Em cada pessoa, o desejo de paz é uma aspiração essencial e coincide, de certo modo, com o anelo por uma vida humana plena, feliz e bem sucedida. Por outras palavras, o desejo de paz corresponde a um princípio moral fundamental, ou seja, ao dever-direito de um desenvolvimento integral, social, comunitário, e isto faz parte dos desígnios que Deus tem para o homem. Na verdade, o homem é feito para a paz, que é dom de Deus.
Tudo isso me sugeriu buscar inspiração, para esta Mensagem, às palavras de Jesus Cristo: «Bem--aventurados os obreiros da paz, porque serão chamados filhos de Deus» (Mt 5, 9).
A bem-aventurança evangélica
2. As bem-aventuranças proclamadas por Jesus (cf. Mt 5, 3-12; Lc 6, 20-23) são promessas. Com efeito, na tradição bíblica, a bem-aventurança é um género literário que traz sempre consigo uma boa nova, ou seja um evangelho, que culmina numa promessa. Assim, as bem-aventuranças não são meras recomendações morais, cuja observância prevê no tempo devido – um tempo localizado geralmente na outra vida – uma recompensa, ou seja, uma situação de felicidade futura; mas consistem sobretudo no cumprimento duma promessa feita a quantos se deixam guiar pelas exigências da verdade, da justiça e do amor. Frequentemente, aos olhos do mundo, aqueles que confiam em Deus e nas suas promessas aparecem como ingénuos ou fora da realidade; ao passo que Jesus lhes declara que já nesta vida – e não só na outra – se darão conta de serem filhos de Deus e que, desde o início e para sempre, Deus está totalmente solidário com eles. Compreenderão que não se encontram sozinhos, porque Deus está do lado daqueles que se comprometem com a verdade, a justiça e o amor. Jesus, revelação do amor do Pai, não hesita em oferecer-Se a Si mesmo em sacrifício. Quando se acolhe Jesus Cristo, Homem-Deus, vive-se a jubilosa experiência de um dom imenso: a participação na própria vida de Deus, isto é, a vida da graça, penhor duma vida plenamente feliz. De modo particular, Jesus Cristo dá-nos a paz verdadeira, que nasce do encontro confiante do homem com Deus.
A bem-aventurança de Jesus diz que a paz é, simultaneamente, dom messiânico e obra humana. Na verdade, a paz pressupõe um humanismo aberto à transcendência; é fruto do dom recíproco, de um mútuo enriquecimento, graças ao dom que provém de Deus e nos permite viver com os outros e para os outros. A ética da paz é uma ética de comunhão e partilha. Por isso, é indispensável que as várias culturas de hoje superem antropologias e éticas fundadas sobre motivos teorico-práticos meramente subjectivistas e pragmáticos, em virtude dos quais as relações da convivência se inspiram em critérios de poder ou de lucro, os meios tornam-se fins, e vice-versa, a cultura e a educação concentram-se apenas nos instrumentos, na técnica e na eficiência. Condição preliminar para a paz é o desmantelamento da ditadura do relativismo e da apologia duma moral totalmente autónoma, que impede o reconhecimento de quão imprescindível seja a lei moral natural inscrita por Deus na consciência de cada homem. A paz é construção em termos racionais e morais da convivência, fundando-a sobre um alicerce cuja medida não é criada pelo homem, mas por Deus. Como lembra o Salmo 29, « o Senhor dá força ao seu povo; o Senhor abençoará o seu povo com a paz » (v. 11).

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Toda promessa se cumpre em Jesus, nele culmina a história de Deus com a humanidade.

Catequese de Bento XVI durante a audiência Geral da quarta-feira, 12 de dezembro
 Queridos irmãos e irmãs,
na última catequese falei da Revelação de Deus, como comunicação que Ele faz de Si mesmo e do seu plano de benevolência e de amor. Esta Revelação de Deus entra no tempo e na história dos homens: história que se torna “o lugar em que podemos constatar o agir de Deus em favor da humanidade. Ele chega a nós por meio do que nos é mais familiar, e fácil de verificar, que constitui o nosso contexto cotidiano, sem o qual não conseguiríamos compreender-nos” (João Paulo II, Enc. Fides et ratio, 12, Tradução Nossa).
O evangelista São Marcos - como ouvimos – relata, de forma clara e sintética, os momentos iniciais da pregação de Jesus: "O tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo" (Marcos 1, 15). O que ilumina e dá sentido pleno para a história do mundo e do homem começa a brilhar na gruta de Belém; é o Mistério que contemplaremos daqui a pouco no Natal: a salvação que se realiza em Jesus Cristo. Em Jesus de Nazaré Deus mostra o seu rosto e pede a decisão do homem de reconhecê-lo e de seguí-lo. O revelar-se de Deus na história para entrar em relação de diálogo de amor com o homem, dá um novo sentido para todo o caminho humano. A história não é apenas uma sucessão de séculos, de anos, de dias, mas é o tempo de uma presença que lhe dá sentido e abre-a para uma sólida esperança.
Onde podemos ler as fases desta Revelação de Deus? A Sagrada Escritura é o melhor lugar para descobrir os acontecimentos deste caminho, e gostaria de – mais uma vez – convidar a todos, neste Ano da fé, para pegar em mãos com mais frequência a Bíblia e lê-la e meditá-la e a prestar maior atenção nas Leituras da Missa dominical; tudo isso constitui um alimento precioso para a nossa fé.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Advento: Um mistério que envolve inteiramente o cosmo e a história


Palavras de Bento XVI durante a oração mariana do Angelus
Hoje a Igreja inicia um novo Ano Litúrgico, um caminho que é enriquecido pelo Ano da Fé, 50 anos após a abertura do Concilio Ecumênico Vaticano II. O primeiro tempo deste itinerário é o Advento, formado, no Rito Romano, pelas quatro semanas que antecedem o Natal do Senhor, isto é, a Encarnação. A palavra “advento” significa “vinda” ou “presença”. No mundo antigo indicava a visita do rei ou do imperador a uma província; na linguagem cristã refere-se à vinda de Deus, à sua presença no mundo; um mistério que envolve inteiramente o cosmo e a história, mas que conhece dois momentos culminantes: a primeira e a segunda vinda de Jesus Cristo. A primeira é a própria encarnação; a segunda é o retorno glorioso ao fim dos tempos. Estes dois momentos, que cronologicamente são distantes – e não se sabe o quanto -, tocam-se profundamente, porque com sua morte e ressurreição Jesus já realizou a transformação do homem e do cosmo que é a meta final da criação. Mas antes do final, é necessário que o Evangelho seja proclamado a todas as nações, disse Jesus no Evangelho de São Marcos (cf Marcos 13,10). A vinda do Senhor continua, o mundo deve ser penetrado pela sua presença. E esta vinda permanente do Senhor no anuncio do Evangelho requer continuamente nossa colaboração; e a Igreja, que é como a Noiva, a esposa prometida do Cordeiro de Deus crucificado e ressuscitado (cf Ap 21,9), em comunhão com o Senhor colabora nesta vinda do Senhor, na qual já inicia o seu retorno glorioso.
A isto nos convida hoje a Palavra de Deus, traçando a linha de condução a seguir para estarmos prontos para a vinda do Senhor. No Evangelho de Lucas, Jesus diz aos discípulos: “Os vossos corações não fiquem sobrecarregados com dissipação e embriaguez e dos cuidados da vida... vigiai em cada momento orando” (Lucas 21, 34.36). Portanto, sobriedade e oração. E o apostolo Paulo acrescenta o convite a “crescer e avantajar no amor” entre nós e com todos, para tornar nosso coração firme e irrepreensível na santidade (cfr 1 Ts 3,12-13). Em meio aos transtornos do mundo, ou ao deserto da indiferença e do materialismo, os cristãos acolham do Senhor a salvação e a testemunhem com um modo diverso de viver, como uma cidade colocada sobre um monte. “Naqueles dias- anuncia o profeta Jeremias- Jerusalém viverá tranquila, e será chamada: Senhor – nossa – justiça (33,16). A comunidade dos crentes é sinal do amor de Deus, da sua justiça que é já presente e operante na historia mas que ainda não foi plenamente realizada, e portanto, deve ser sempre esperada, invocada, procurada com paciência e coragem.
A Virgem Maria encarna perfeitamente o espirito do Advento, feito da escuta de Deus, do desejo profundo de fazer a sua vontade, de alegre serviço ao próximo. Deixemo-nos guiar por ela, para que o Deus que vem não nos encontre fechados ou distraídos, mas possa, em cada um de nos, estender o seu reino de amor, de justiça e de paz. 






Aniversariantes de Dezembro

Vida
04/12 - Pe.Francisco Erlan
12/12- Pe. Adriano Santos
20/12 - Pe.Pedro Gotardo
24/12 - Sem. José Carlos

domingo, 2 de dezembro de 2012

Circular do Superior Geral, Pe.Gregory, sobre o Advento 2012

Um caminho rumo ao Cristo e nosso carisma

«Este é o modo da evangelização…que a verdade se torne em mim caridade e a caridade acenda como o fogo, também o outro. Só neste acender o outro através da chama da nossa caridade, cresce realmente a evangelização, a presença do Evangelho, que já não é só palavra, mas realidade vivida.» - Papa Bento XVI, Meditação para a abertura do Sínodo sobre a nova evangelização, 8 de outubro de 2012.

A todos os membros da Família vicentina
Queridos Irmãos e Irmãs,
Que a graça e a paz de Jesus preencham os vossos corações agora e para sempre!

Recentemente participei como delegado no Sínodo sobre a nova evangelização, que coincidiu com o início do « ano da fé » para comemorar o quinquagésimo aniversário do Concílio Vaticano II. Como nosso Santo Padre citou acima, « a presença do Evangelho » é um dom e um desafio para todos aqueles que seguem o Cristo à maneira de São Vicente de Paulo. É um dom que nos é dado por Jesus, o Verbo feito carne. Nosso desafio consiste em fazer uma «realidade vivida» servindo nossos senhores e nossos mestres, os pobres de Deus. O tempo do Advento nos oferece a oportunidade de meditar sobre a beleza, o mistério e a incrível responsabilidade de nossa vocação de discípulos cristãos que seguem o carisma vicentino. Nosso caminho do Advento compreende quatro movimentos distintos que refletem este tempo litúrgico, assim como as etapas de nossa vida de discípulos no seguimento do Cristo.

Tempo de angústia e de incerteza
O mundo atual está repleto de angústias e de incertezas de toda sorte: econômicas, geopolíticas, étnicas, sociais e pessoais. As guerras, os conflitos armados e as catástrofes naturais produzem, por sua vez, a pobreza, a fome, o problema dos sem-teto e das misérias humanas sobre as quais é impossível estender uma lista exaustiva. Por mais alarmante e desconcertante que seja nosso mundo atual, os textos da Escritura do primeiro Domingo do Advento nos lembram de que antigamente já existiram situações semelhantes: « Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; e na terra, as nações estarão em angústia, … os homens desfalecerão de medo, na expectativa do que ameaçará o mundo habitado » (Lc 21, 25-26).
Nossos santos fundadores, São Vicente e Santa Luisa, foram confrontados, durante a vida, a desafios catastróficos: guerra, fome, doenças, desprezo dos pobres, ignorância e indiferença no que diz respeito à prática da fé católica entre o clero e entre os leigos. Qual foi a resposta que eles deram às suas provações e a estas tribulações?
Creio que podemos encontrá-la no mesmo evangelho de Lucas deste primeiro Domingo do Advento: « Quando começar a acontecer essas coisas, erguei-vos e levantai a cabeça, pois está próxima a vossa libertação…”. Cuidado para que vossos corações não fiquem pesados pela devassidão. […] Ficai acordados, portanto, orando em todo momento » (Lc 21, 28.34-36).
Aprendendo a melhor conhecer Jesus pela meditação de sua Palavra e recebendo-o na Eucaristia, Vicente e Luisa fizeram do Cristo o centro de seu coração e de sua vida. Jesus acalmou suas inquietudes, impelindo-os a empreender uma maneira dinâmica e profética de viver o Evangelho.
A caminhada espiritual deles continua quando colocamos em prática o carisma da caridade que eles nos deram há mais de 350 anos. Que este Advento seja um tempo de procurarmos a pessoa de Jesus Cristo na Palavra e nos sacramentos, tendo fé em Deus que « exercerá na terra o direito e a justiça » (Jr 23, 5). Com o Emanuel, Deus conosco, como principal fundamento, iremos « crescer e ser ricos em amor mútuo e para com todos… queira ele confirmar vossos corações numa santidade irrepreensível, aos olhos de Deus » (1 Tes. 3, 12-13).

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Origem da Companhia das Filhas da Caridade

A Companhia, fundada no século XVII por São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac, é conhecida na Igreja pelo nome de Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, Servas dos Pobres. (c.1.1)
São Vicente dizia às Irmãs: "Tende presente: foi o povo, ao ver o que fazeis e o serviço que nossas primeiras Irmãs prestavam aos Pobres, que vos deu tal nome; este permaneceu como característico de vossa atividade" (s. v.P. 04.03. J 658).
A Companhia das Filhas da Caridade é uma Sociedade de Vida Apostólica em comunidade, que assume os Conselhos Evangélicos de castidade, pobreza e obediência, conforme suas constituições e estatutos, para servir corporal e espiritualmente os Pobres, vendo neles a pessoa de Jesus Cristo Crucificado.
O início da Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo foi muito simples e inesperado: Uma família do Vilarejo, hoje cidade de CHATILLON - SUR - CHALARONNE, estava ameaçada pela doença e na casa não havia nenhuma pessoa em condições de dar assitência aos dontes.
Durante a Missa, São Vicente recomenda esta família necessitada aos fiéis. E à tarde, quando ele mesmo vai visitar a família, ele encontra uma multidão de pessoas indo e vindo. São Vicente entendeu o sinal de Deus: tão somente é necessário canalizar e organizar esta caridade que as pessoas já trazem no coração. Neste dia nasceu a Confraria das Senhoras da Caridade.

Festa de Santa Catarina Labouré

Catarina Labouré nasceu em Fain-les-Moutiers, França, a 02 de maio de 1806 e, no dia seguinte, foi batizada. Apesar do bonito nome, todos a chamavam de Zoé. Catarina tinha apenas nove anos quando sua mãe morreu. Nesta ocasião, foi vista de pé, sobre uma mesa,apertando ao coração a imagem de Maria e dizendo: De agora em diante, serás a minha mamãe. 
Com a ida de sua irmã mais velha para a Companhia das Filhas da Caridade, assumiu toda a responsabilidade de dona de casa, com apenas 12 anos. Catarina cozinhava, levava a comida aos trabalhadores do campo, assumia os afazeres domésticos e se desvelava, tal como uma boa mãe, no cuidado do pequeno irmão Augusto. Mesmo com todas essas ocupações ordinárias, nada a impedia de achar tempo para fazer seus exercícios de piedade, oração e meditação. 

Quanto à sua vocação, um fato singular lhe mostrou qual comunidade deveria escolher. Catarina sonhou com um padre idoso e de semblante sereno, que lhe dizia: Minha filha é muito bom cuidar dos doentes; agora tu foges de mim, mas um dia tu me procurarás e serás feliz em achar-me. O bom Deus tem desígnios sobre ti. 
Mais tarde, ao entrar no parlatório de uma das casas das Filhas da Caridade, Catarina ficou impressionada ao encontrar um retrato parecido com o padre que tinha visto em sonho. Perguntou, então, quem era. Quando lhe disseram que era São Vicente de Paulo, o mistério se esclareceu e ela compreendeu que era o fundador da Comunidade a que deveria pertencer. 
Quando Catarina revelou ao pai o seu desejo, foi severamente repreendida e proibida de tomar tal iniciativa. Só a 21 de abril de 1830, conseguiu a permissão e entrou para a Companhia das Filhas de Caridade.

Festa da Medalha Milagrosa


No decorrer do século XIX, uma circunstância à qual os historiadores não tenham dado a atenção que merece, contribuiu muito para o desenvolvimento desta devoção: a missão confiada pela Virgem Maria em 1830 a uma noviça das Filhas da Caridade da rua "du Bac", em Paris, a futura Santa Catarina Labouré. " Fazei, disse-lhe Maria durante uma aparição, cunhar uma Medalha conforme este modelo. As pessoas que a trouxerem ao pescoço, receberão muitas graças". O modelo, era a Virgem Maria, com as mãos estendidas emitindo raios de luz, com a inscrição: " Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós".
Como é natural, foi preciso a Catarina Labouré um certo tempo para persuadir seu confessor, para falar sobre isso, com o Arcebispo de Paris, Monsenhor de Quelém. Finalmente, as primeiras medalhas foram cunhadas em 1832, logo distribuídas e solicitadas por toda a França e, em breve, por toda a Europa, acompanhadas de uma tal profusão de curas e conversões que então só se falava na Medalha Milagrosa.
Com a precisão e severidade do historiador, Renato Lautentin examinou atentamente os arquivos e fez os cálculos. Chegou à surpreendente conclusão de que no decorrer dos dez anos que vão de 1832 a 1842, foram cunhadas e distribuídas mais de cem milhões de Medalhas Milagrosas! Sobre tantos milhões de lábios havia pois ressoado, através de toda a Europa, a invocação: " Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". Laurentin não hesita em ver aí " um dos mais vastos fenômenos de comunicação social que tenha existido antes da invenção das telecomunicações".

domingo, 25 de novembro de 2012

Venha o teu Reino

Do Opúsculo sobre a oração, de Orígenes, presbítero
(Cap. 25: PG 11, 495-499) (Séc. III)
O Reino de Deus, conforme as palavras de nosso Senhor e Salvador, não vem visivelmente, nem se dirá: Ei-lo aqui ou ei-lo ali; mas o reino de Deus está dentro de nós (cf. Lc 16,21), pois a palavra está muito próxima de nossa boca e em nosso coração (cf. Rm 10,8). Donde se segue, sem dúvida nenhuma, que quem reza pedindo a vinda do reino de Deus pede justamente por ter em si um início deste reino - que ele desponte, dê frutos e chegue à perfeição.
Pois Deus reina em todo o santo e quem é santo obedece às leis espirituais de Deus, que nele habita como em cidade bem administrada. Nele está presente o Pai e, junto com o Pai reina Cristo na pessoa perfeita, segundo as palavras: Viremos a ele e nele faremos nossa morada (Jo 14,23).
Então o reino de Deus, que já está em nós, chegará por nosso contínuo adiantamento à plenitude, quando se completar o que foi dito pelo Apóstolo: sujeitados todos os inimigos, Cristo entregará o reino a Deus e Pai, a fim de que Deus seja tudo em todos(cf. 1 Cor 15,24.28). Por isto, rezemos sem cessar, com aquele amor que pelo Verbo se faz divino; e digamos a nosso Pai que está nos Céus: Santificado seja teu nome, venha o teu reino (Mt 6,9-10).
É de se notar também a respeito do reino de Deus: da mesma forma que não há participação da justiça com a iniqüidade nem sociedade da luz com as trevas nem pacto de Cristo com Belial. (cf. 2 Cor 6,14-15), assim o reino de Deus não pode substituir junto com o reino do pecado.
Por conseguinte, se queremos que Deus reine em nós, de modo algum reine o pecado em nosso corpo mortal (Rm 6,12), mas mortificaremos nossos membros que estão na terra (cf. C1 3,5) e produzamos fruto no Espírito. Passeie, então, Deus em nós como em paraíso espiritual, e reine só ele, junto com seu Cristo; e que em nós se assente à destra de sua virtude espiritual, objeto de nosso desejo. Assente-se até que seus inimigos todos que existem em nós sejam reduzidos a escabelo de seus pés (S1 98,5), lançados fora todo principado, potestade e virtude.
Tudo isto pode acontecer a cada um de nós e ser destruída a última inimiga, a morte (1 Cor 15,26). E Cristo diga também dentro de nós: Onde está, ó morte, teu aguilhão? Onde está, inferno, tua vitória? (1 Cor 15,55;cf. Os 13,14). Já agora, portanto, o corruptível em nós se revista de santidade e de incorruptibilidade, destruída a morte, vista aimortalidade paterna (cf. 1 Cor 15,54), para que, reinando Deus, vivamos dos bens do novo nascimento e da ressurreição.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Apresentação de Nossa Senhora

Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo
(Sermo 25,7-8: PL 46,937-938) (Séc.V)
Aquela que acreditou em virtude da fé,também pela fé concebeu
Prestai atenção, rogo-vos, naquilo que Cristo Senhor diz, estendendo a mão para seus discípulos: Eis minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de meu Pai que me enviou, este é meu irmão, irmã e mãe (Mt 12,49-50). Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação e que foi criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Sim! Ela o fez! Santa Maria fez totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. Assim Maria era feliz porque, já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente.
Vede se não é assim como digo. O Senhor passava acompanhado pelas turbas, fazendo milagres divinos, quando certa mulher exclamou: Bem-aventurado o seio que te trouxe. Feliz o ventre que te trouxe! (Lc 11,27) O Senhor, para que não se buscasse a felicidade na carne, que respondeu então? Muito mais felizes os que ouvem a palavra de Deus e a guardam (Lc 11,28).
Por conseguinte, também aqui é Maria feliz, porque ouviu a palavra de Deus e a guardou. Guardou a verdade na mente mais do que a carne no seio. Verdade, Cristo; carne, Cristo; a verdade-Cristo na mente de Maria; a carne-Cristo no seio de Maria. É maior o que está na mente do que o trazido no seio.
Santa Maria, feliz Maria! Contudo, a Igreja é maior que a Virgem Maria. Por quê? Porque Maria é porção da Igreja, membro santo, membro excelente, membro supereminente, mas membro do corpo total. Se ela pertence ao corpo total, logo é maior o corpo que o membro. A
cabeça é o Senhor; e o Cristo total, é a cabeça e o corpo. Que direi? Temos cabeça divina, temos Deus por cabeça!
Portanto, irmãos, dai atenção avós mesmos. Também vós sois membros de Cristo, também vós sois corpo de Cristo. Vede de que modo o sois. Diz: Eis minha mãe e meus irmãos (Mt 12,49).
Como sereis mãe de Cristo? Todo aquele que ouve e faz a vontade de meu Pai que está nos
 céus, este é meu irmão e irmã e mãe (cf. Mt 12,50). Pensai: entendo irmão, entendo irmã; é uma só a herança, e é essa a misericórdia de Cristo que, sendo único, não quis ficar sozinho;
 quis que fôssemos herdeiros do Pai, co-herdeiros seus.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Mensagem do Papa Bento XVI para a XXVIII Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro

Ide e fazei discípulos entre as nações!» (cf. Mt 28,19)

Queridos jovens,

Desejo fazer chegar a todos vós minha saudação cheia de alegria e afeto. Tenho a certeza que muitos de vós regressastes a casa da Jornada Mundial da Juventude em Madri mais «enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé» (cf. Col 2,7). Este ano, inspirados pelo tema: «Alegrai-vos sempre no Senhor» (Fil 4,4) celebramos a alegria de ser cristãos nas várias Dioceses. E agora estamo-nos preparando para a próxima Jornada Mundial, que será celebrada no Rio de Janeiro, Brasil, em julho de 2013.

Desejo, em primeiro lugar, renovar a vós o convite para participardes nesse importante evento. A conhecida estátua do Cristo Redentor, que se eleva sobre àquela bela cidade brasileira, será o símbolo eloquente deste convite: seus braços abertos são o sinal da acolhida que o Senhor reservará a todos quantos vierem até Ele, e o seu coração retrata o imenso amor que Ele tem por cada um e cada uma de vós. Deixai-vos atrair por Ele! Vivei essa experiência de encontro com Cristo, junto com tantos outros jovens que se reunirão no Rio para o próximo encontro mundial! Deixai-vos amar por Ele e sereis as testemunhas de que o mundo precisa.

Convido a vos preparardes para a Jornada Mundial do Rio de Janeiro, meditando desde já sobre o tema do encontro: «Ide e fazei discípulos entre as nações» (cf. Mt 28,19). Trata-se da grande exortação missionária que Cristo deixou para toda a Igreja e que permanece atual ainda hoje, dois mil anos depois. Agora este mandato deve ressoar fortemente em vosso coração. O ano de preparação para o encontro do Rio coincide com o Ano da fé, no início do qual o Sínodo dos Bispos dedicou os seus trabalhos à «nova evangelização para a transmissão da fé cristã». Por isso me alegro que também vós, queridos jovens, sejais envolvidos neste impulso missionário de toda a Igreja: fazer conhecer Cristo é o dom mais precioso que podeis fazer aos outros.

1. Uma chamada urgente

A história mostra-nos muitos jovens que, através do dom generoso de si mesmos, contribuíram grandemente para o Reino de Deus e para o desenvolvimento deste mundo, anunciando o Evangelho. Com grande entusiasmo, levaram a Boa Nova do Amor de Deus manifestado em Cristo, com meios e possibilidades muito inferiores àqueles de que dispomos hoje em dia. Penso, por exemplo, no Beato José de Anchieta, jovem jesuíta espanhol do século XVI, que partiu em missão para o Brasil quando tinha menos de vinte anos e se tornou um grande apóstolo do Novo Mundo. Mas penso também em tantos de vós que se dedicam generosamente à missão da Igreja: disto mesmo tive um testemunho surpreendente na Jornada Mundial de Madri, em particular nareunião com os voluntários.

Hoje, não poucos jovens duvidam profundamente que a vida seja um bem, e não veem com clareza o próprio caminho. De um modo geral, diante das dificuldades do mundo contemporâneo, muitos se perguntam: E eu, que posso fazer? A luz da fé ilumina esta escuridão, nos fazendo compreender que toda existência tem um valor inestimável, porque é fruto do amor de Deus. Ele ama mesmo quem se distanciou ou esqueceu d’Ele: tem paciência e espera; mais que isso, deu o seu Filho, morto e ressuscitado, para nos libertar radicalmente do mal. E Cristo enviou os seus discípulos para levar a todos os povos este alegre anúncio de salvação e de vida nova.

Encontro do Pe.Eli, assistente geral da Congregação da Missão, com a Família Vicentina.





No dia 15 de novembro as 19:00hs, no dispensário São Vicente, encontraram-se os membros da Família Vicentina, do Regional Belém/PA, para acolher o Pe. Eli, assistente geral da congregação da missão, que por ocasião de sua visita canônica a Província de Fortaleza, partilhou sobre a missão comum da Família Vicentina a nível internacional e do vasto horizonte de trabalho que temos para atuar, em especial, junto aos leigos..... Foi um momento único de partilha, conhecimentos e, sobretudo, amizade fortalecida no amor a Cristo e aos pobres. Que Deus continue abençoando a missão do Pe.Eli e que suas bençãos chegue até nosso superior geral Pe. Gregory  e demais coirmãos. 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Assembléia Provincial da JMV - Amazônia


Aconteceu nos dias 9, 10 e 11, na cidade de Baião/PA, a Assembléia Provincial da Juventude Mariana Vicentina da Província da Amazônia. A Assembléia contou com a participação de mais de 30 jovens vindos dos grupos de Baião, Igarapé-Miri, Cametá e Tucuruí.
Foi eleito um novo Conselho da Associação na Amazônia e também saiu como fruto do encontro o Projeto Provincial da JMV. 
Que nossa Senhora das Graças abençoe nossos Jovens da JMV Amazônia!

     Pe. Raimundo Nonato, CM
____________________________
Diretor Provincial 

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Aniversariante de Novembro

Vida
11/11 - Pe. Severino Bezerra, CM  

Morramos com Cristo, para vivermos com ele

Do Livro sobre a morte de seu irmão Sátiro, de Santo Ambrósio, bispo
(Lib. 2,40.41.46.47.132.133:CSEL 73,270-274.323-324)

Percebemos que a morte é lucro, e a vida, castigo. Por isso Paulo diz: Para mim, viver é Cristo, e morrer é lucro (Fl 1,21). Como unir-se a Cristo, espírito da vida, senão pela morte do corpo? Moramos então com ele, para com ele vivermos. Moramos diariamente no desejo e em ato,para que, por esta segregação,nossa alma aprenda a se subtrair das concupiscências corporais. Que ela, como se já estivesse nas alturas, onde não a alcançam os desejos terrenos, aceite a imagem da morte para não incorrer no castigo da morte. Pois a lei da carne luta contra a lei do espírito e apóia-se na lei do erro. Mas qual o remédio? Quem me libertará deste corpo de morte? (Rm 7,24) A graça de Deus, por Jesus Cristo, nosso Senhor (cf. Rm 7,25s). Temos o médico, usemos o remédio. Nosso remédio é a graça de Cristo, e corpo de morte é o nosso corpo. Portanto afastemo-nos do corpo e não se afaste de nós o Cristo! Embora ainda no corpo, não lhe obedeçamos, não abandonemos as leis naturais, maprefiramos os dons da graça.
E que mais? Pela morte de um só, o mundo foi remido. Cristo, se quisesse, poderia não ter morrido. Não julgou, porém, dever fugir da morte como coisa inútil nem que nos salvaria melhor, evitando a morte. Com efeito, sua morte é a vida de todos. Somos marcados com sua
morte, ao orar anunciamos sua morte, ao oferecer o sacrifício pregamos sua morte. Sua morte é vitória, é sacramento, é a solenidade anual do mundo. Não diremos ainda mais sobre a sua morte, se provarmos pelo exemplo divino que dela resultou a imortalidade, e que a morte se redimiu a si mesma? Não se deve lastimar a morte, que é causa da salvação do povo. Não se deve fugir da morte, que o Filho de Deus não rejeitou, e da qual não fugiu.
Na verdade, a morte não era da natureza, mas converteu-se em natureza. No princípio, Deus não fez a morte, mas deu-a como remédio. Pela prevaricação, condenada ao trabalho de cada dia e ao gemido intolerável, a vida dos homens começou a ser miserável. Era preciso dar fim aos males, para que a morte restituísse o que a vida perdera. Pois a imortalidade seria mais penosa que benéfica, se não fosse promovida pela graça. Por isso, tem o espírito de afastar-se logo da vida tortuosa e das nódoas do corpo terreno, e lançar-se para a celeste assembléia, embora pertença só aos santos lá chegar, e cantar a Deus o louvor, descrito no livro profético, que os citaristas cantam: Grandes e maravilhosas tuas obras, Senhor Deus onipotente; justos e verdadeiros teus caminhos, ó Rei das nações! Quem não temeria e não glorificaria teu nome? Porque só tu és santo; todos os povos irão e se prostrarão diante de ti (Ap 15,3-4). Contemplar também, ó Jesus, tuas núpcias, nas quais a esposa, ao canto jubiloso de todos, é conduzida da terra ao céu – a ti virá toda carne (Sl 64,3) – já não mais manchada pelo mundo, mas unida ao espírito.
Era isto que o santo Davi desejava, acima de tudo, contemplar e admirar, quando dizia: Uma só coisa pedi ao Senhor, a ela busco: habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida e ver as delícias do Senhor (Sl 26,4).

Seminaristas Rezam pelos Finados

Neste dia em que toda a Igreja reza pelos mortos, em especial os cristãos que acolheram pelo batismo a vida nova em Cristo, somos convidados a percorrer o caminho da fé e assumirmos nosso compromisso de cristãos até o encontro definitivo com nosso Deus. 
Os seminaristas, da teologia, seguindo o costume da província de Fortaleza da Congregação da Missão vão ao cemitério rezar pelos padres lazaristas, familiares, família vicentina e todos os cristãos.