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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Origem da Companhia das Filhas da Caridade

A Companhia, fundada no século XVII por São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac, é conhecida na Igreja pelo nome de Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, Servas dos Pobres. (c.1.1)
São Vicente dizia às Irmãs: "Tende presente: foi o povo, ao ver o que fazeis e o serviço que nossas primeiras Irmãs prestavam aos Pobres, que vos deu tal nome; este permaneceu como característico de vossa atividade" (s. v.P. 04.03. J 658).
A Companhia das Filhas da Caridade é uma Sociedade de Vida Apostólica em comunidade, que assume os Conselhos Evangélicos de castidade, pobreza e obediência, conforme suas constituições e estatutos, para servir corporal e espiritualmente os Pobres, vendo neles a pessoa de Jesus Cristo Crucificado.
O início da Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo foi muito simples e inesperado: Uma família do Vilarejo, hoje cidade de CHATILLON - SUR - CHALARONNE, estava ameaçada pela doença e na casa não havia nenhuma pessoa em condições de dar assitência aos dontes.
Durante a Missa, São Vicente recomenda esta família necessitada aos fiéis. E à tarde, quando ele mesmo vai visitar a família, ele encontra uma multidão de pessoas indo e vindo. São Vicente entendeu o sinal de Deus: tão somente é necessário canalizar e organizar esta caridade que as pessoas já trazem no coração. Neste dia nasceu a Confraria das Senhoras da Caridade.

Festa de Santa Catarina Labouré

Catarina Labouré nasceu em Fain-les-Moutiers, França, a 02 de maio de 1806 e, no dia seguinte, foi batizada. Apesar do bonito nome, todos a chamavam de Zoé. Catarina tinha apenas nove anos quando sua mãe morreu. Nesta ocasião, foi vista de pé, sobre uma mesa,apertando ao coração a imagem de Maria e dizendo: De agora em diante, serás a minha mamãe. 
Com a ida de sua irmã mais velha para a Companhia das Filhas da Caridade, assumiu toda a responsabilidade de dona de casa, com apenas 12 anos. Catarina cozinhava, levava a comida aos trabalhadores do campo, assumia os afazeres domésticos e se desvelava, tal como uma boa mãe, no cuidado do pequeno irmão Augusto. Mesmo com todas essas ocupações ordinárias, nada a impedia de achar tempo para fazer seus exercícios de piedade, oração e meditação. 

Quanto à sua vocação, um fato singular lhe mostrou qual comunidade deveria escolher. Catarina sonhou com um padre idoso e de semblante sereno, que lhe dizia: Minha filha é muito bom cuidar dos doentes; agora tu foges de mim, mas um dia tu me procurarás e serás feliz em achar-me. O bom Deus tem desígnios sobre ti. 
Mais tarde, ao entrar no parlatório de uma das casas das Filhas da Caridade, Catarina ficou impressionada ao encontrar um retrato parecido com o padre que tinha visto em sonho. Perguntou, então, quem era. Quando lhe disseram que era São Vicente de Paulo, o mistério se esclareceu e ela compreendeu que era o fundador da Comunidade a que deveria pertencer. 
Quando Catarina revelou ao pai o seu desejo, foi severamente repreendida e proibida de tomar tal iniciativa. Só a 21 de abril de 1830, conseguiu a permissão e entrou para a Companhia das Filhas de Caridade.

Festa da Medalha Milagrosa


No decorrer do século XIX, uma circunstância à qual os historiadores não tenham dado a atenção que merece, contribuiu muito para o desenvolvimento desta devoção: a missão confiada pela Virgem Maria em 1830 a uma noviça das Filhas da Caridade da rua "du Bac", em Paris, a futura Santa Catarina Labouré. " Fazei, disse-lhe Maria durante uma aparição, cunhar uma Medalha conforme este modelo. As pessoas que a trouxerem ao pescoço, receberão muitas graças". O modelo, era a Virgem Maria, com as mãos estendidas emitindo raios de luz, com a inscrição: " Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós".
Como é natural, foi preciso a Catarina Labouré um certo tempo para persuadir seu confessor, para falar sobre isso, com o Arcebispo de Paris, Monsenhor de Quelém. Finalmente, as primeiras medalhas foram cunhadas em 1832, logo distribuídas e solicitadas por toda a França e, em breve, por toda a Europa, acompanhadas de uma tal profusão de curas e conversões que então só se falava na Medalha Milagrosa.
Com a precisão e severidade do historiador, Renato Lautentin examinou atentamente os arquivos e fez os cálculos. Chegou à surpreendente conclusão de que no decorrer dos dez anos que vão de 1832 a 1842, foram cunhadas e distribuídas mais de cem milhões de Medalhas Milagrosas! Sobre tantos milhões de lábios havia pois ressoado, através de toda a Europa, a invocação: " Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". Laurentin não hesita em ver aí " um dos mais vastos fenômenos de comunicação social que tenha existido antes da invenção das telecomunicações".