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domingo, 26 de junho de 2011

XII Encontro Nacional da Familia Vicentina em Goiânia


Bem Aventuradas, Filhas da Caridade, Mártires de Arras


As primeiras Filhas da Caridade  chegaram a Arras em 1656, enviadas pelo próprio São Vicente e por Santa Luisa de Marillac. Um século depois, ali permaneciam, dedicadas às obras preferidas pelo coração dos Fundadores: escola gratuita para as meninas, visita aos Pobres e assistência aos enfermos, tanto no hospital como em suas próprias casas.
Por sua bravura e abnegada disposição para o serviço dos Pobres, estas Filhas da Caridade merecem todo reconhecimento possível, pois fizeram de sua própria consagração a Deus e de sua alegre e generosa entrega aos irmãos um canto de louvor ao Criador, Deus de toda vocação, rico em misericórdia e bom para com todos, especialmente para com os mais pobres e desamparados.
Maria Madalena Fontaine nasceu a 22 de abril de 1723, em Etrépagny (França). Desejando consagrar toda sua vida a Deus e aos Pobres, entrou para a Companhia das Filhas da Caridade a 09 de julho de 1748. Desde então, demonstrou grande santidade de vida, espírito de liderança e disposição para o trabalho, por mais pesado que fosse. Logo foi nomeada Irmã Servente (responsável pela Comunidade e pela obra) da Casa da Caridade de Arras.
Quando a Revolução Francesa se iniciou, em 1789, e as congregações religiosas começaram a ser perseguidas, as Filhas da Caridade de Arras, em reconhecimento de seu inestimável trabalho junto aos mais pobres, receberam dos revolucionários um voto de confiança e puderam continuar se dedicando  ao nobre exercício da caridade. No entanto, Irmã Fontaine, intuindo as grandes dificuldades que ainda sobreviriam sobre a Companhia, baseando-se em sua experiência e percebendo atentamente a realidade circunstante, preferiu enviar as Irmãs jovens e as mais debilitadas para outra Comunidade, longe do perigo dos revolucionários.

BEM-AVENTURADA NEMÉSIA VALLE (1847-1916) – Irmã da Caridade de Santa Joana Antida Thouret

Em Aosta, na Itália, aos 26 de junho de 1847, nasceu Giulia, filha de Anselmo, comerciante que viajava muito, e Maria Cristina Dalbar. Com a morte de sua mãe, Giulia, com 4 anos, e seu irmãozinho Vincenzo foram morar na casa do avô paterno.
Com 11 anos, Giulia foi para Besançon, na França, a fim de estudar no pensionato das Irmãs da Caridade de Santa Joana Antida Thouret. Junto das Irmãs, enriqueceu sua cultura, aprendeu a língua francesa, o bordado e muitas outras coisas. Ali, adquiriu também uma delicada e profunda bondade que a foi formando como uma pessoa afável, meiga e atenta aos outros.
Após cinco anos, regressou a sua terra natal. O pai, casado uma segunda vez, morava em Pont Saint-Martin e sua situação familiar não era das melhores. Eram muitas as suas dificuldades. O irmão, não suportando as circunstâncias, logo abandonaria a casa, sem jamais dar notícias.
Neste ínterim, chegaram à cidade as Irmãs da Caridade e Giulia se reencontrou com uma Irmã que a ajudara e animara em Besançon, como sua professora. Vendo o estilo de vida da antiga mestra, toda doada a Deus e aos outros, Giulia decidiu ser uma delas. Assim, a 08 de setembro de 1866, começou seu noviciado em Vercelli. Uma nova vida se iniciava para a jovem: seriam tempos de paz e de alegria, tempo para aprofundar sua intimidade com Deus, o conhecimento de si mesma e de sua missão. Sua oração era decidida: Jesus, despoja-me e reveste-me de Ti. Jesus, por ti vivo, por ti morro. A cada dia, sua vida espiritual se firmava e se desenvolvia. A contemplação do mistério de Deus e de seu amor norteava toda sua vida e a levava a se dedicar ainda mais aos Pobres e sofredores. Só da Eucaristia e da oração se pode obter a força para superar o egoísmo e ir até os Pobres, àqueles que mais sofrem. Terminando seu noviciado, e com o nome de Irmã Nemésia, intensificou sua consagração e seu apostolado entre os mais abandonados.