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segunda-feira, 8 de abril de 2013
Não há pecado que Deus não possa perdoar
1. No Evangelho desta noite luminosa da Vigília Pascal, encontramos
em primeiro lugar as mulheres que vão ao sepulcro de Jesus levando
perfumes para ungir o corpo d’Ele (cf. Lc 24, 1-3). Vão cumprir
um gesto de piedade, de afeto, de amor, um gesto tradicionalmente feito
a um ente querido falecido, como fazemos nós também. Elas tinham
seguido Jesus, ouviram-No, sentiram-se compreendidas na sua dignidade e
acompanharam-No até ao fim no Calvário e ao momento da descida do seu
corpo da cruz. Podemos imaginar os sentimentos delas enquanto caminham
para o túmulo: tanta tristeza, tanta pena porque Jesus as deixara;
morreu, a sua história terminou. Agora se tornava à vida que levavam
antes. Contudo, nas mulheres, continuava o amor, e foi o amor por Jesus
que as impelira a irem ao sepulcro. Mas, chegadas lá, verificam algo
totalmente inesperado, algo de novo que lhes transtorna o coração e os
seus programas e subverterá a sua vida: vêem a pedra removida do
sepulcro, aproximam-se e não encontram o corpo do Senhor. O caso
deixa-as perplexas, hesitantes, cheias de interrogações: «Que
aconteceu?», «Que sentido tem tudo isto?» (cf.Lc 24, 4).
Porventura não se dá o mesmo também conosco, quando acontece qualquer
coisa de verdadeiramente novo na cadência diária das coisas? Paramos,
não entendemos, não sabemos como enfrentá-la. Frequentemente mete-nos
medo a novidade, incluindo a novidade que Deus nos traz, a
novidade que Deus nos pede. Fazemos como os apóstolos, no Evangelho:
muitas vezes preferimos manter as nossas seguranças, parar junto de um
túmulo com o pensamento num defunto que, no fim de contas, vive só na
memória da história, como as grandes figuras do passado. Tememos as
surpresas de Deus; temos medo das surpresas de Deus! Ele não cessa de
nos surpreender!
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