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domingo, 6 de dezembro de 2015
Carta do Superior Geral por Ocasião do Advento 2015
CURIA GENERALIZIA
Um caminho que nos tornará mediadores eficazes das promessas de Deus
Roma,
Advento2015
Caros irmãos e
irmãs, membros da Família Vicentina,
As
promessas de Deus
“Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Levítico 26, 12).
“Jamais meu amor te abandonará”(Isaías 54, 10).
“Livrava o pobre que pedia socorro e o órfão que não
tinha apoio” (Jó 29, 12).
“Eis que faço nova todas as coisas … não a vedes? (Isaías 43, 19).
“Todo aquele que vive, e crê em min, nunca morrerá” (João 11, 26).
“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, permanece
em mim e eu nele” (João 6, 56).
“Não vos deixarei órfãos. Voltarei a vós”(João 14, 18).
“Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do
mundo”(Mateus 28, 20).
Estes textos
bíblicos encarnam e expressam a relação de aliança que Deus estabeleceu com a
humanidade. É necessário uma forma de presença para que todas essas promessas
que citei acima possam ser realizadas. Permitam-me apresentar-lhes alguns
exemplos para explicar o que quero dizer.
Quando o povo clamava
contra seus opressores que o tornara escravo no Egito, Deus estava presente,
escutando o seu clamor; Deus chama Moisés: Vai,
eu te envio ao Faraó para tirar do Egito os israelitas, meu povo”(Êxodo3,
10), Deus estava presente e encontrou
uma solução para a situação do seu povo. Após uma árdua disputa, o Faraó ficou mais
brando e o povo atravessou o Mar Vermelho para começar uma longa travessia no
deserto. Deus estava presente e salvou o seu povo. Quando o povo teve fome,
Deus lhe deu o maná; quando teve sede, fez jorrar água do rochedo. Deus estava
presente, acompanhando o povo nos momentos difíceis.De fato, Deus estava
presente em meio as lutas do povo através da liderança de Moisés. Séculos mais
tarde, quando uma multidão se reuniu em um outro lugar deserto para escutar os
ensinamentos do Mestre, ela foi testemunha da multiplicação dos pães e dos
peixes e sua fome foi saciada, Deus estava presente, mas, desta vez
fisicamente, na pessoa de Jesus, como mestre, taumaturgo e consolador. No
entanto, o Mestre desejava saciar não somente a fome física, mas também a fome
espiritual. “Eu sou o pão da vida: aquele
que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede”(Jo
6, 35). As palavras da Carta aos Hebreus resumem o que estou tentando dizer: “Muitas vezes e de diversos modos outrora
falou Deus aos nossos pais pelos profetas. Ultimamente nos falou por seu Filho”(Hebreus
1, 1-2).
Qual é a
relação de tudo isto com a liturgia do Advento? Como Vicentinos, somos chamados
a continuar a missão de Jesus Cristo proclamando a Boa Nova a estas pessoas
marginalizadas que vivem na periferia da sociedade: “Sim, Nosso Senhor pede-nos para que evangelizemos os pobres: foi isto
o que Ele fez e, é isto que deseja continuar fazendo através de nós” (Coste
XII, 79)[1]. Ao nos
comprometermos com o processo de evangelização, preparamos o caminho do Senhor
e ao mesmo tempo nos tornamos mediadores que realizam as promessas de Deus.
Através dos nossos distintos ministérios/serviços, unimo-nos ao desejo de João
Batista: “importa que Ele cresça e que eu
diminua”(Jo 3, 30).
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