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domingo, 27 de janeiro de 2013

Dom Vicente Joaquim Zico celebra seus 86 anos de vida.

São sete décadas a serviço da Igreja Católica no Brasil. Sua missão foi decidida em solo mineiro, mas foi em Belém do Pará que o Arcebispo Emérito da Arquidiocese de Belém, Dom Vicente Joaquim Zico, entrou para a história da evangelização na Amazônia. Após completar 32 anos de sagração episcopal no último dia 6 de janeiro, em Belém, Dom Vicente Zico se prepara para comemorar seus 86 anos de vida ao lado da família, neste domingo (27), em Minas Gerais.
São 86 anos de vida, 32 deles dedicados à Arquidiocese de Belém. Com seu “jeitinho”mineiro, Dom Vicente cativou o rebanho paraense e realizou grandes feitos enquanto esteve à frente da Igreja Católica do Pará. Sobre a experiência, ele afirma: “sinto-me muito feliz porque fiz o que pude. Observei e vivi com alegria o que Dom Orani Tempesta fez em quatro anos e o que vejo, hoje, Dom Alberto Taveira realizar pela Arquidiocese. Sem dúvida conquistamos muitas coisas que são bênçãos de Deus”. 
A respeito da vivência em Belém, ele garante que um dos momentos mais marcantes da sua gestão foi ter participado pela primeira vez do Círio de Nazaré. “Não conhecia o Círio, imaginava uma coisa simples, e me deparei com um momento religioso extraordinário que me surpreendeu”, resume. 
Questionado sobre os desafios à frente da Arquidiocese de Belém, o Arcebispo Emérito revela que foram muitos. “No entanto o que sempre me preocupou foi a manutenção financeira de toda a Arquidiocese de Belém, mas que com a graça de Deus sempre caminhou bem. Considero também como desafio as formações sacerdotais e o tempo disponível para fazer o programa de visita a todas as paróquias da Arquidiocese, pois requerem tempo e dedicação”, recorda.
De Dom Vicente Zico de Luz passou a ser “Dom Zico” de Belém. O apelido carinhoso herdado no Pará o fez um dos religiosos mais queridos pelo povo paraense. O resultado de tanto carinho e afeto são as diversas atribuições com o seu nome, em praças, ruas, avenidas, livros e movimentos.
Uma das biografias mais conhecidas chama-se “FRAGMENTOS DA VIDA DE DOM VICENTE ZICO”, de autoria da escritora e amiga de longa data Mízar Klautau Bonna, que já está na segunda edição. A obra narra os principais momentos da vida do bispo. Segundo a autora, "a proposta era mostrar um pouco mais daquele que era o nosso Pastor". "Nesse último livro, cada capítulo completa-se com uma mini-entrevista. Para mim, Dom Vicente é um homem de fé, que pensa com o coração e que sempre diz: ‘Calma. Tudo vai se resolver’”, completou. O livro está disponível nas maiores livrarias de Belém.

Sobre as inúmeras manifestações de afeto que recebe em terras paraenses, Dom Vicente ressalta: “sinto-me muito sensibilizado e emocionado com tudo isso. Isso revela o motivo que me prendeu muito a Belém. A delicadeza, o carinho e o amor desse povo que amo e que, sinceramente, procuro corresponder com muito amor e simplicidade”, disse.
Hoje, como Arcebispo Emérito de Belém, Dom Vicente se define mais tranquilo e com menos preocupações. No entanto, se engana quem pensa que com menos atividades. Nos últimos anos, ele tem se dedicado especialmente a encontros espirituais. E adianta, que “até julho deste ano, seis retiros já estão programados”.
O próximo retiro acontece em São Paulo, o que ajudou Dom Vicente a ficar mais próximo de seus familiares que atualmente residem em Belo Horizonte. A proximidade da cidade com a realização do evento religioso ajudou Dom Vicente a decidir passar o aniversário deste ano junto aos seus familiares. Oportunidade que segundo ele, “é única”. Após a estadia que deverá se estender por sete dias retomará a caminha de fé nos estados de Goiânia e Brasília.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Festa da Fundação da Congregação da Missão

“No dia da conversão de São Paulo, dia 25, aquela Senhora (de Gondi) me pediu que fizesse um sermão na igreja de Folleville para exortar os moradores a uma confissão geral; e o fiz. Demonstrei a importância e a utilidade da confissão, ensinando depois o modo de fazê-la bem. Deus levou tanto em conta a confiança e a boa fé daquela Senhora (porque o grande número e a enormidade dos meus pecados teriam impedido o fruto de tal ação), que abençoou minha pregação, e aqueles bons camponeses ficaram tão tocados por Deus que todos vieram fazer sua confissão geral. Continuei a instruí-los e a dispô-los aos sacramentos e comecei a confessá-los. Mas a afluência foi tanta que, não podendo dar conta com um outro padre que me ajudava, a Senhora mandou pedir aos padres jesuítas de Amiens que viessem em nosso socorro. Escreveu ao reverendo padre reitor que veio pessoalmente. E, como não pôde ficar senão por pouco tempo, mandou, para trabalhar em lugar dele, o reverendo Pe. Fourché, da mesma Companhia, o qual nos ajudou a confessar, pregar e catequizar e achou, por misericórdia de Deus, modo de ocupar-se. Fomos depois a outros povoados que pertenciam à Senhora naquela região e fizemos como no primeiro. Houve grande afluxo de gente e Deus deu por toda parte sua bênção. Eis a primeira pregação da Missão e o bom resultado que Deus deu no dia da conversão de São Paulo; por certo Deus não o fez nesse dia sem um desígnio preestabelecido” (SVP, XI, 4-5. Essa pregação foi sempre considerada como “o primeiro sermão da missão”.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Entrada no Seminário Interno Interprovincial



No dia 15 de janeiro deu-se incio, com a entrada de quatro jovens, o Seminário Interno Interprovincial localizado na Cidade de Campina Verde/MG. Esse momento foi marcado com a celebração Eucarística reunindo os coirmãos das três Províncias do Brasil. Os jovens  que farão o seminário Interno 2013 sãoArthur Macena/Maceió-AL (PFCM), Adalberto Silva Costa/Campina Verde - MG (PBCM), Cristiano Costa/Cajazeiras - PB (PFCM) e Leandro Maeski/Curitiba - PR (CMPS).  Que Deus os abençoe concedendo-lhes muita fidelidade e perseverança. Conte com nossas orações.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Memória da Beata Lindalva Justo - Filha da Caridade

Irmã Lindalva foi a primeira mulher a ser beatificada no Brasil. Era ainda uma jovem Filha da Caridade, com 4 anos de vocação, quando sofreu o martírio. Sua fidelidade à vocação e seu amor a todas as pessoas, sem preferências, eram tão intensos que ela não hesitou em entregar sua vida por eles.
1953, 20 de outubro -  Nascimento
1989, 16 de julho - Entrada na Companhia das Filhas da Caridade
1989, 26 de julho - Envio em Missão para o Asilo Dom Pedro II
1993, 9 de abril -  Martírio
2007, 2 de dezembro -  Beatificada em Salvador, Bahia
7 de janeiro - Dia da festa
Nascida no dia 20 de outubro de 1953 no Brasil, na aldeia de Açu, Estado de Rio Grande do Norte, Lindalva é a 6ª de uma família de 15 filhos. Seus pais muito católicos têm uma fé simples e profunda. Lindalva recebe uma educação cristã comum. Menina generosa ajuda a mãe espontaneamente em casa. Sempre atenta, faz-se mediadora nas disputas entre seus amigos, ajudando-os a resolvê-las com doçura. Não é indiferente aos infortúnios dos outros; visita pessoas que vivem sozinhas ou pobres de sua cidade; algumas vezes, aconteceu-lhe até mesmo dar-lhes, na discrição, suas próprias roupas. Progressivamente, Lindalva compreende que seu caminho é o de Cristo que vai ao encontro dos pobres para testemunhar-lhes o amor de seu Pai. Após os estudos de Assistente em Administração, dedica-se a cuidar do pai idoso e doente que veio a falecer. Lindalva pede então ser admitida na Companhia das Filhas da Caridade: “Tenho 33 anos, sou de uma família simples e honesta. Faz muito tempo que sinto o desejo de entrar na vida religiosa, mas somente agora estou disponível a seguir o chamado de Deus. Gozo boa saúde e me sinto disponível e generosa para fazer o bem…”
No dia 16 de julho de 1989, Lindalva ingressou no seminário das Filhas da Caridade na Província de Recife. Enviada em missão em 1991 ao Abrigo Dom Pedro II, em Salvador, Estado da Bahia, ela é encarregada de coordenar o serviço aos homens idosos ou doentes.
Lindalva ama as pessoas idosas com um coração manso e humilde; olha-os com espírito de fé como seus senhores e mestres: “Peço a Deus que nos conceda sua sabedoria e sua docilidade para bem servir os pobres, nossos mestres”. Ela compreende a vocação como uma resposta à vontade de Deus: “Quando Deus chama alguém, não adianta se esconder. Mais cedo ou mais tarde, a vontade d’Ele prevalecerá”. Sua fé é uma adesão simples e total aos acontecimentos da vida que ela acolhe como um dom e um apelo de Deus: “Cada dia de nossa vida deve ser um dia de renovação e agradecimento a Deus pelo dom da vida e de seu chamado a seguir seu Filho, Jesus Cristo servindo-O nos pobres”. O elã de seu coração torna-a capaz de vencer todas as dificuldades: “Em todos os momentos das minhas orações, sinto um desejo tão grande do amor de Deus que um dia vou conseguir, nem que seja no último dia da minha vida”. Ela sabe partilhar sua fé com outros jovens e animar as companheiras em dificuldades: “Quando a dúvida de nossa vocação inquietar nosso coração, é necessário entregar-nos totalmente a Deus”.
“É carregando a Cruz que conhecemos o amor de Deus”. Estas palavras que a própria Irmã Lindalva pronunciou ressoam de maneira profética.
Enérgica, sorridente e disponível, Lindalva irradia a presença de Deus; ela vive sua vocação de serva dos pobres com um espírito de justiça impregnado de amor: ela ama cada um deles sem favoritismo e sem discriminação.
Na Sexta-Feira, 9 de abril de 1993, ao raiar da aurora, Lindalva participa com suas companheiras da Via-Sacra na Paróquia: a Cruz é o sinal do amor que se dá até ao extremo: “Pai, perdoai-lhes, eles não sabem o que fazem” (Lc 23,34).
Ao regressar, Lindalva prepara, como todas as manhãs, o café da manhã para os residentes. Logo que ela começa seu serviço, é brutalmente assassinada por um doente de 46 anos invadido pela loucura da violência: ele não suportava que ela resistisse às suas solicitações.
Esta jovem Filha da Caridade certamente não pensava em morrer tão cedo. Tendo feito de sua vida uma oferenda, ela testemunha por sua morte que: “Não há maior amor do que dar sua vida por aqueles que se ama” (Jo 15,13).
O processo de sua beatificação começou com uma aclamação popular. As pessoas ficaram impressionadas com a fé desta jovem Irmã, com seu serviço dos pobres e sua fidelidade ao seu compromisso que a conduziu até o martírio. Sua beatificação aconteceu em Salvador – Bahia – Brasil no dia 25 de novembro de 2007, festa de Cristo Rei, num imenso estádio com a presença de mais ou menos 60.000 pessoas.

Fonte:filles-de-la-charite.org

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Os Magos representam os povos, como Civilizações, Religiões e Culturas

Palavras do Papa Bento XVI durante o Angelus na Epifania do Senhor.
Queridos irmãos e irmãs!
Desculpem o atraso. Ordenei quatro novos Bispos na Basílica de São Pedro e o rito durou um pouco mais. Mas hoje celebramos, sobretudo a Epifania do Senhor, a sua manifestação para as pessoas, enquanto várias Igrejas Orientais, segundo o calendário Juliano, festejam o Natal. Esta pequena diferença, que faz sobrepor os dois momentos, ressalta que aquele Menino, nascido na humilde gruta de Belém, é a luz do mundo, que orienta o caminho de todos os povos. É uma aproximação que nos faz refletir também do ponto de vista da fé: por um lado, no Natal, diante de Jesus, vemos a fé de Maria, de José e dos pastores; hoje, na Epifania, a fé dos três Reis Magos vindos do Oriente para adorar o rei dos Judeus.
A Virgem Maria, juntamente com seu esposo, representa a "estirpe" de Israel, o "resto" preanunciado pelos profetas, de onde deveria surgir o Messias. Os Magos, portanto, os povos, e podemos dizer também as civilizações, culturas e religiões, que estão, por assim dizer, no caminho para Deus, em busca do seu reino de paz, de justiça, de verdade, e de liberdade. Há um primeiro núcleo, personificado, sobretudo, por Maria, "filha de Sião": um núcleo de Israel, o povo que conhece e têm fé no Deus revelado aos Patriarcas e no caminho da história. Esta fé se cumpre em Maria, na plenitude dos tempos; nela "bem-aventurada porque acreditou" o Verbo se fez carne, Deus "apareceu" no mundo. A fé de Maria se torna a primícia e o modelo de fé da Igreja, povo da Nova Aliança. Mas este povo é desde o inicio universal, e isso vemos hoje nas figuras dos Magos, que chegam a Belém seguindo a luz de uma estrela e as indicações das Sagradas Escrituras.
São Leão Magno diz: "incontável descendência outrora prometida ao santo patriarca Abraão; descendência gerada não segundo a carne, mas pela fecundidade da fé " (Sermão 3 pela Epifania, 1: PL 54, 240). A fé de Maria pode ser comparada à de Abraão: é o novo início da mesma promessa, do mesmo plano imutável de Deus, que agora encontra o seu cumprimento em Jesus Cristo. E a luz de Cristo é tão límpida e forte que torna inteligível tanto a linguagem do cosmo, quanto das Escrituras, de modo que todos aqueles que, como os Magos, são abertos à verdade, podem reconhecê-la e chegar a contemplar o Salvador do mundo.
São Leão Magno diz ainda: “Entrem, pois, todos os povos, entrem na família dos patriarcas,... que todos os povos adorem o Criador do universo; e Deus não seja conhecido apenas na Judéia mas no mundo inteiro” (ibid.). Nesta perspectiva, podemos ver também as Ordenações episcopais que tive a alegria de conferir esta manhã na Basílica de São Pedro: dois dos novos bispos permanecerão a serviço da Santa Sé, e os outros dois partirão para serem Representantes Pontifícios junto a duas nações. Rezemos por cada um deles, pelo seu ministério, e para que a luz de Cristo brilhe no mundo inteiro.










Fonte: Zenite