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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Artigo sobre a Castidade

Antes de tudo, a castidade é uma Boa nova. Deve-se destruir por completa a ideia negativa e redutiva desta virtude. A castidade é uma postura de fundo, como um modo de ser, de entender a vida e de se relacionar consigo mesmo e com os outros, que ultrapassa a realidade puramente genital-sexual, mas que depois, consente captar-lhe a verdade e realizar seus fins. É um fato místico, não só ascético, tanto que, segundo Clement “para compreender todos os aspectos da castidade é preciso reler o cântico dos cânticos". 
Esse tema, o qual escolhi, tem como ênfase mostrar como é belo e é possível viver a castidade hoje, pois, é um desafio para o candidato que deseja doar-se totalmente a Cristo, para herdar o reino dos céus. A maior motivação que tenho é poder dizer que a castidade deve ser vivida com sinceridade e honestidade e sobretudo, devemos ser grandes imitadores de Cristo, pois a nossa castidade se espelha no próprio Senhor Jesus. 
Depois de entender o que seria a castidade, nos perguntamos: "A castidade e a sexualidade, como é vista no século que estamos? pode-se dizer que a castidade é colocada a serviço do amor?". A castidade, então, quer dizer renunciar, pelo reino, ao exercício genital sem renunciar ao fim natural da sexualidade. 
A castidade virginal significa, de modo mais positivo, realizar o fim especifico da sexualidade através da escolha virginal: como se fosse uma aposta, demonstrar que é possível viver a própria sexualidade também na escolha celibatária por causa do Reino dos céus. Por isso, não basta ser casto, negar-se aos assim chamados "prazeres da carne’’, mas é preciso captar na luminosidade e na ambiguidade da carne a incancelável presença do Espírito, a "centelha pascal", e oferecer o potente impulso que a sexualidade imprime na relação com o outro, para que seja fecunda. Justamente graças a esta dupla obediência, a continência casta permite ao celibatário por causa do reino se tornar, como dizia no Egito, Evaristo Pôntico, no século IV, "Separados de todos e unidos a todos".