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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Circular Advento 2011- Superior Geral da Congregação da Missão

CONGREGAZIONE DELLA MISSIONE
CURIA GENERALIZIA
Via dei Capasso, 30
00164 Roma – Italia
 Advento 2011

A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” João 1,5
A todos os membros da Família vicentina,
Que a graça e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo preencha os seus corações agora e para sempre!
A citação Bíblica acima, do Evangelho de São João, convém para começarmos nossa meditação do Tempo do Advento. Este período do ano é o momento onde muitos, no mundo, passam de longos dias ensolarados a dias mais curtos e mais escuros. O fim do ano se aproxima, e nos oferece uma pausa para refletir não somente o que se passou, mas também o que nos espera. A realidade desta mudança é palpável tanto no tempo que passa através dos dias do calendário, como também no que vivemos no mais profundo de nós, em nossos corações.
Acredito que esta é a razão pela qual a Igreja nos concede este tempo do Advento: este tempo de mudança lembra-nos a fidelidade do amor de Deus. Através da Encarnação de Jesus, Deus nos assegura sua constante presença em nosso mundo. Em Jesus, temos um Deus que nos acompanha sempre, tanto nos momentos de luz como nos momentos de trevas, tanto no centro de nossas vidas como em suas fronteiras incertas. No entanto, é frequentemente nas fronteiras, nos “limites externos” de nossa vida, que o Senhor se revela à nós.
As narrativas do Advento nos mostram vidas vividas nas fronteiras : a surpreendente anunciação feita à Maria para ser a mãe do Senhor ; a nobre luta de José para aceitar esta impressionante realidade ; o nascimento de Jesus na simplicidade de um estábulo ; a humilde homenagem dos pastores ; o desenraizamento repentino da Sagrada Família para escapar da cólera e das mãos de Herodes; todas estas narrativas do Advento nos mostram um Deus, que, centrado no amor trinitário, “aniquilou-se a si mesmo” (Fl 2, 7), tornando-se homem. Escolhendo viver nas fronteiras, Jesus nos faz entrar no Reino de Deus e nos aproxima paradoxalmente do coração do amor de Deus.
Como Superior geral, tenho o privilégio e a responsabilidade de visitar meus coirmãos Lazaristas, as Filhas da Caridade e os membros da Família Vicentina Internacional para propagar o carisma de São Vicente de Paulo. Ao fazer isso, ofereço o meu apoio e o meu encorajamento àquelas e àqueles que deixaram a segurança e a estabilidade de seu mundo para ir às fronteiras e aos limites exteriores servir os pobres. Estou edificado com muitos dos meus coirmãos, muitas Filhas da Caridade e membros da Família Vicentina que penetram corajosamente nos cantos escuros de nosso mundo para iluminá-los com a luz do Cristo. Permitam-me partilhar alguns exemplos da maneira como eles vivem seu caminho até o Advento de luz e de esperança.

A Medalha Milagrosa e sua Fiel Mensageira

domingo, 20 de novembro de 2011

Solenidade de Cristo Rei

A festa de Cristo Rei foi criada pelo papa Pio XI em 1925. Instituiu que fosse celebrada no último domingo de outubro. Agora, na reforma litúrgica passou ao último domingo do ano litúrgico como ponto de chegada de todo o mistério celebrado, para dar a entender que Ele é o fim para o qual se dirigem todas as coisas. 
A criação desta festa tinha uma conotação política de grandiosidade. Quem, dos mais antigos, não foi da Cruzada Eucarística? Roupinha branca, fita amarela com cruz e dois traços azuis para os melhores. Qual era o comprimento? - Viva Cristo! – Rei! Este amor a Cristo Rei sustentou os cristãos na perseguição do México. Quantos mártires não entregaram a vida proclamando: Viva Cristo Rei! Quem sabe nos falte uma definição maior para o Reino de Cristo. 
A oração da missa assim reza: “Deus que dispusestes restaurar todas as coisas em vosso Filho Amado, Rei do Universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade vos glorifiquem eternamente”. Vejamos os termos: Rei do Universo, vossa majestade. Para este sentido endereça a primeira leitura: A glória do Filho do Homem - “Seu poder é poder eterno que não lhe será tirado e seu reino, um reino que não se dissolverá” (Dn l7,14). Cristo com sua morte e ressurreição foi feito o Senhor da Glória. Seu Reino não tem fim.

sábado, 19 de novembro de 2011

Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo!

O último domingo do ano litúrgico, o XXXIV  do Tempo Comum, nos traz de volta para a fonte e o ápice da nossa fé. Nós celebramos, na verdade, hoje, a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Toda a liturgia da Palavra e a Liturgia da Eucaristia, que são os dois momentos essenciais da Missa, fazem-nos espiritualmente desfrutar deste grande tema de relevância teológica e moral para todo crente.
E é o apóstolo Paulo a compreender os aspectos essenciais do tema no texto da Primeira Epístola aos Coríntios (1Cor 15,20-26.28), que podemos ler e meditar hoje: "Irmãos, Cristo ressuscitou dentre os mortos, as primícias dos que morreram, porque, se por meio de um homem a morte veio até nós, também por meio de um homem veio a ressurreição dos mortos, e, como todos morrem em Adão, assim todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias, depois na sua vinda aqueles que são de Cristo. Então virá o fim, quando Ele entregar o reino a Deus Pai, depois de reduzir a nada toda autoridade e todo poder. Pois Ele deve reinar até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. E quando tudo tiver sido sujeito, Ele, o Filho, estará sujeito Àquele a que sujeitou todas as coisas, que Deus seja tudo em todos".
A recapitulação de todas as coisas em Cristo é a chave para o mistério da criação e da redenção do homem e da humanidade. Cristo é o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim de tudo. Ele, que revelou o Pai e o Espírito Santo, é o mediador da única e eterna aliança entre Deus e a humanidade; é Ele o Redentor e Salvador, o Messias que veio e que devemos esperar novamente pela segunda e definitiva vinda à Terra para julgar os vivos e os mortos para a instauração do Reino definitivo e de sua realeza para sempre. O seu reinado no mundo já está se desenvolvendo na expectativa da realização plena. É a inicial fase da instauração do seu Reino, que, em sua plenitude, há de se manifestar no final da história. Um reino que é construído a cada dia através do trabalho daqueles que acreditam em Cristo e nos valores proclamados por Ele.

domingo, 13 de novembro de 2011

Retiro Missionário do Projeto Igreja de Belém em Missão. Belém/PA


Uma noite de verão

Aos 18 de julho de 1830, véspera da festa de São Vicente que ela tanto ama, Catarina recorre àquele de quem, cujo coração ela viu transbordando de amor, para que seu grande desejo de ver a Santíssima Virgem seja enfim alcançado. Às onze horas e meia da noite, ela ouve chamá-la pelo seu nome.
Uma misteriosa criança está ali, ao pé da sua cama e a convida para levantar-se:
                 « A Santíssima Virgem a espera »
diz ela. Catarina se veste e, acompanha a criança que, deixa raios de luz por todos os lugares por onde passa.
Chegando à Capela, Catarina pára perto da cadeira do Padre, colocada no presbitério. Ela ouve então “como o frou-frou” de uma roupa de seda:
                     «Eis a Santíssima Virgem»
diz seu pequeno guia.
Ela não quer acreditar. A criança, porém, repete com uma voz mais forte:
                      « Eis a Santíssima Virgem. »
Catarina corre aos joelhos da Santíssima Virgem sentada na cadeira. Então não fiz senão dar um salto para junto dEla, e, de joelhos, sobre os degraus do altar, as mãos apoiadas nos joelhos da Santíssima Virgem:
« Aí, passei um momento, o mais suave de minha vida. Ser-me-ia impossível dizer o que experimentei. A Santíssima Virgem disse-me como eu devia conduzir-me com o meu confessor e várias coisas mais».
Catarina recebe o anúncio de sua missão e o pedido de fundação de uma Confraria dos Filhos de Maria. O que será realizado pelo Padre Aladel no dia 2 de fevereiro de 1840.
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Um 27 de novembro

A Santíssima Virgem, no dia 27 de novembro de 1830, aparece de novo, na Capela, à Catarina Labouré. Dessa vez foi às 17h30, durante a oração das Irmãs e das noviças, sobre o quadro de São José (hoje, o local onde se encontra a Virgem do Globo). Antes, Catarina vê dois globos vivos, que passam, um após o outro, e nos quais a Santíssima Virgem se mantém em pé, sobre a metade do globo terrestre, seus pés esmagando a serpente.
No primeiro quadro, a Virgem Maria traz nas mãos um pequeno globo, dourado, com uma cruz superposta, que Ela eleva aos céus. Catarina ouve:
«Este lobo representa o mundo inteiro,
particularmente a França e todas as pessoas»
No segundo, saem de suas mãos abertas raios de um brilho resplandecente. Catarina ouve ao mesmo tempo uma voz que lhe diz:

«Estes raios são o símbolo das graças que Maria alcança para os homens».

Depois, em forma oval, forma-se a aparição e Catarina vê inscrita, em letras de ouro, esta invocação: «O' Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós! ».
Então uma voz se faz ouvir:
« Fazei cunhar uma medalha sob este modelo.
As pessoas que a usarem, com confiança, receberão muitas graças ».
Finalmente, ao redor, Catarina vê o reverso da Medalha: no alto, uma cruz, com a inicial do nome de Maria superposta, e, em baixo, dois corações, um coroado de espinhos, e outro, transpassado por uma lança.
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Um adeus

No mês de novembro de 1830, durante a oração, Catarina ouve de novo um “frou-frou”, desta vez atrás do altar. O mesmo quadro da medalha se apresenta perto do tabernáculo, um pouco atrás.
«Estes raios são o símbolo das graças que a Santíssima Virgem alcança para as pessoas que lhe pedem… Você não me verá mais ».
Eis o fim das aparições. Catarina comunica ao seu confessor, Padre Aladel, o pedido da Santíssima Virgem. Ele a acolhe formalmente, proibindo-a de pensar sobre o assunto. O choque é muito forte.
A 30 de janeiro de 1831, ela termina o seminário. Catarina recebe o hábito. No dia seguinte, ela parte para o Asilo de Enghien, fundado pela família de Orléans, à rua de Picpus, 12, em Reuilly, a leste de Paris, num bairro miserável, onde, incógnita, servirá os pobres durante 46 anos.




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As aparições

O céu desceu à terra… De julho a dezembro de 1830, Irmã Catarina, jovem noviça das Filhas da Caridade, recebe o imenso favor de conversar três vezes com a Virgem Maria.
Nos meses precedentes, Catarina foi beneficiada com outras aparições.
São Vicente de Paulo lhe manifestou seu coração. Na Capela, em oração, Catarina vê por três dias consecutivos, o coração de São Vicente, em três cores diferentes. Ele lhe aparece, em primeiro lugar, branco, cor da paz; depois vermelho, cor do fogo; depois, preto, sinal das desgraças que recairão sobre a França e, particularmente, Paris.
Pouco depois, Catarina viu o Cristo presente na Eucaristia, mais além das aparências do pão.

« Vi Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento durante todo o tempo do meu Seminário, exceto todas as vezes em que duvidava. »

A 6 de junho de 1830, festa da Santíssima Trindade, o Cristo lhe aparece como Rei crucificado, despojado de todos os seus paramentos.

sábado, 12 de novembro de 2011

Memória Litúrgica de Santa Agostina Pietrantoni

Aos 27 de março de 1864, no pequeno povoado de Pozzaglia (Itália), nasceu e foi batizada a menina Lívia. Sempre trabalhou, mesmo quando criança, transportando inúmeros baldes com pedras e areia destinados à construção de estradas. Já durante o inverno, seu trabalho era como lavradora, na colheita de azeitonas.
Sentindo o chamado de Deus, orientou sua vida para o seguimento de Cristo assumido com radicalidade. Com 22 anos, a 23 de março de 1886, ingressou na Congregação das Irmãs de Caridade de Santa Joana Antida Thouret. Terminado o tempo inicial de formação e com seu nome mudado para Agostina, foi enviada para o Hospital Santo Espírito, chamado de “ginásio da caridade cristã”, onde expressou sua caridade até o heroísmo. Aí, em meio a seus ofícios, no dia 13 de novembro de 1894, foi esfaqueada por um paciente, a quem servira com todo amor e atenção. Foi beatificada a 12 de novembro de 1972 e canonizada a 18 de abril de 1999.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Dedicação da Basilica do Latrão

Segundo uma tradição que remonta ao século XII, celebra-se neste dia o aniversário da dedicação da basílica do Latrão, construída pelo imperador Constantino. Inicialmente foi uma festa exclusivamente da cidade de Roma; mais tarde, estendeu-se à Igreja de Rito romano, com o fim de honrar a basílica que é chamada “mãe e cabeça de todas as igrejas da Urbe e do Orbe” e como sinal de amor e unidade para com a Cátedra de Pedro que, como escreveu Santo Inácio de Antioquia, “preside a assembléia universal da caridade”.

Primeira leitura
Da Primeira Carta de São Pedro 2,1-17
Como pedras vivas, entrai na edificação
 Caríssimos: Despojai-vos de toda maldade, mentira e hipocrisia, e de toda a inveja e calúnia. Como criancinhas recém-nascidas, desejai o leite legítimo e puro, que vos vai fazer crescer na salvação. Pois já provastes que o Senhor é bom. Aproximai-vos do Senhor, pedra viva,  rejeitada pelos homens, mas escolhida e honrosa aos olhos de Deus. Do mesmo modo, também  vós, como pedras vivas, formai um edifício espiritual, um sacerdócio santo, a fim de  oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo.Com efeito, nas  Escrituras se lê: “Eis que ponho em Sião uma pedra angular,  escolhida e magnífica; quem nela confiar, não será confundido”.
A vós, portanto, que tendes fé, cabe a honra. Mas para os que não crêem, “a pedra que os construtores rejeitaram  tornou-se a pedra angular, pedra de tropeço e rocha que faz cair”. Nela tropeçam os que não acolhem a Palavra; esse é o destino deles.
Mas vós sois a raça escolhida, o sacerdócio do Reino, a nação santa, o povo que ele conquistou para proclamar as obras admiráveis daquele que vos chamou das trevas para a sua luz maravilhosa. Vós sois aqueles que “antes não eram povo, agora porém são povo de Deus; os que não eram objeto de misericórdia, agora porém alcançaram misericórdia.” 
Amados, eu vos exorto como a estrangeiros e migrantes: afastai-vos das humanas paixões que fazem guerra contra vós mesmos.Tende bom procedimento no meio dos gentios. Deste  modo, mesmo caluniando-vos, como se fôsseis malfeitores, eles poderão observar a vossa boa  atuação e glorificar a Deus, no dia de sua visitação.
Sede submissos a toda autoridade humana, por amor ao Senhor, quer ao imperador, como  soberano,quer aos governadores, que por ordem de Deus castigam os malfeitores e premiam os que fazem o bem. Pois a vontade de Deus é precisamente esta: que, fazendo o bem, caleis a ignorância dos insensatos.Conduzi-vos como pessoas livres, mas sem usar a liberdade como pretexto para o mal. Pelo contrário, sede servidores de Deus. Honrai a todos, e amai os irmãos. Tende temor de Deus, e honrai o rei.
Segunda leitura
Dos Sermões de São Cesário de Arles, bispo
(Sermo 229,1-3: CCL 104,905-908) (Séc.VI)
Pelo batismo fomos todos feitos templos de Deus
Celebramos hoje, irmãos diletos, com exultação jubilosa e com a bênção de Cristo, o natalício deste templo. Nós, porém, é que temos de ser o verdadeiro templo vivo de Deus. Todavia é com muita razão que os povos cristãos observam com fé a solenidade da Igreja-mãe, por quem reconhecem ter nascido espiritualmente. Pois pelo primeiro nascimento éramos vasos da ira de Deus; pelo segundo, foi-nos dado ser vasos da sua misericórdia. O primeiro nascimento lançou-nos na morte; e o segundo, chamou-nos de novo à vida.
 Todos nós, caríssimos, antes do batismo fomos templos do demônio; depois do batismo, obtivemos ser templos de Cristo. E se meditarmos com atenção sobre a salvação de nossa alma, reconheceremos que somos o verdadeiro templo vivo de Deus. Deus não habita somente em construções de mão de homem (At 17,24) nem em casa feita de pedras e madeira; mas principalmente na alma feita à imagem de Deus e edificada por mãos deste artífice. Desse modo pôde São Paulo dizer: O templo de Deus, que sois vós, é santo (1Cor 3,17).
 E já que Cristo, quando veio, expulsou o diabo de nossos corações para preparar um templo para si, quanto pudermos, esforcemo-nos com seu auxílio para que em nós não sofra injúria por nossas más obras. Pois quem proceder mal, faz injúria a Cristo. Como disse acima, antes que Cristo nos redimisse, éramos casa do diabo; depois foi-nos dado ser casa de Deus. Deus se dignou fazer de nós sua casa.
 Por isso, diletos, se queremos celebrar na alegria o natalício do templo, não devemos destruir
em nós, pelas obras más, os templos vivos de Deus. E falarei de modo que todos compreendam: cada vez que entramos na igreja, queremos encontrá-la tal como devemos dispor nossas almas.
Queres ver bem limpa a basílica? Não manches tua alma com as nódoas do pecado. Se desejas que a basílica seja luminosa, também Deus quer que tua alma não esteja em trevas, mas que em nós brilhe a luz das boas obras, como disse o Senhor, e seja glorificado aquele que está nos céus. Do mesmo modo como tu entras nesta igreja, assim quer Deus entrar em tua alma, conforme prometeu: E habitarei e andarei entre eles (cf. Lv 26,11.12).

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Dia de Finados

Do Livro sobre a morte de seu irmão Sátiro, de Santo Ambrósio, bispo
(Lib. 2,40.41.46.47.132.133:CSEL 73,270-274.323-324) (Séc.IV)
                          Morramos com Cristo, para vivermos com ele
Percebemos que a morte é lucro, e a vida, castigo. Por isso Paulo diz: Para mim, viver é Cristo, e morrer é lucro (Fl 1,21). Como unir-se a Cristo, espírito da vida, senão pela morte do corpo? Moramos então com ele, para com ele vivermos. Moramos diariamente no desejo e em ato,para que, por esta segregação,nossa alma aprenda a se subtrair das concupiscências corporais.
Que ela, como se já estivesse nas alturas, onde não a alcançam os desejos terrenos, aceite a imagem da morte para não incorrer no castigo da morte. Pois a lei da carne luta contra a lei do espírito e apóia-se na lei do erro. Mas qual o remédio? Quem me libertará deste corpo de morte? (Rm 7,24) A graça de Deus, por Jesus Cristo, nosso Senhor (cf. Rm 7,25s).
Temos o médico, usemos o remédio. Nosso remédio é a graça de Cristo, e corpo de morte é o nosso corpo. Portanto afastemo-nos do corpo e não se afaste de nós o Cristo! Embora ainda no corpo, não lhe obedeçamos, não abandonemos as leis naturais, mas prefiramos os dons da graça.

Aniversariantes de Novembro

Vida: 
11/11 - Pe.Severino,CM

Ordenação:
10/11 - Pe.João Carlos,CM