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domingo, 26 de setembro de 2010

Ministérios de Leitorato e Acolitato dos Irmãos Marcelo e Gilvan










Irmãos lazaristas receberam os Ministérios de Leitor e Acolito. Foi  realizado na manhã do dia 26 de Setembro na matriz de São Raimundo Nonato a Celebração Eucaristica na qual  nossos coirmãos Gilvan Manoel e Marcelo Pontes receberam das mãos do Assistente Provincial Pe. Antonio de  Assis os ministerios de Leitor e Acolito.
Por estes ministerios os dois são adimitidos as ordens sagras, ultimo passo, antes da Ordenação Diaconal. Desejamos aos coirmãos Gilvan e Marcelo que agora instituidos nesses ministerios possam realizar com empenho sua missão de servir a todos na Igreja pelo exercicio da caridade.

sábado, 25 de setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Celebração de Encerramento do Ano Jubilar (Núcleo Belém/Pa)


Abertura do Ano Jubilar - 27/09/09
Igreja São Vicente de Paulo - Belém/Pa
 No próximo dia 27 de setembro a Familia Vicentina presente no mundo Inteiro, encerrará o ano jubilar pelos 350 anos de morte e glorificação de São Vicente de Paulo e Santa Luisa de Marillac. Para nós da FV do Núcleo Belém a nossa Celebração em familia se dará no dia 25 de setembro na Paróquia de São Raimundo Nonato onde realizaremos a culminância do ano jubilar, juntamente com a programação do III ENJUV(Encontro da Juventude Vicentina )! Que Deus abençoe a todos aqueles(as)que bebem deste carisma e possamos também contar com a intercessão dos nossos santos fundadores.
Encerramento do Ano Jubilar do Núcleo Belém - 25/09/10
Paróquia São Raimundo Nonato - Belém/Pa


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Dia de Espiritualidade Vicentina em Tucuruí-Pa‏

                     
Aconteceu no dia 19 de setembro, no colégio das irmãs Filhas da caridade em Tucuruí, uma espiritualidade para a Familia Vicentina. O encontro contou com a participação dos seguintes ramos: Padres da Missão, Filhas da Caridade, AIC, Conferencias de São Vicente de Paulo,MISEVI e um bom número de outras pessoas que não faziam parte da Familia, mas que, se sentiram chamadas a participarem para se integrarem a mesma.
A programação foi a seguinte:
1. Introdução geral a Espiritualidade Vicentina
2. O que é Familia Vicentina
3. Vozes dos ramos ( cada ramo expôs seus trabalhos)
No final foi dado aos convidados uma ficha para preencherem  e a partir dai a coordenação do encontro e da Familia Vicentina sugeriram quais os passos concretos se poderia dar para fortalecer o nascimento de mais ramos na cidade de Tucuruí, como a JMV e Vicentinos.

Que este jubileu dos 350 anos da morte de S. Vicente e Sta. Luiza reforce e solidifique o trabalho Vicentino na cidade de Tucuruí-Pa

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Oração para o Jubileu


“Senhor Deus Todo-poderoso, Pai dos pobres, tu nos concedes a graça de celebrar este ano os 350 anos da morte de São Vicente e de Santa Luísa. Agradecemos-te por esta imensa graça. Concede-nos, por sua intercessão, que nos deixemos transformar mais plenamente pelo Espírito que tu lhes destes. Que o Espírito de Caridade inunde os nossos corações e as nossas almas para que o nosso amor pelos nossos irmãos marginalizados e excluídos pela sociedade, seja inventivo até ao infinito, manso, atento, misericordioso, previdente! Faz-nos redescobrir a audácia de Vicente e de Luísa, o zelo e a doçura de um amor sempre renovado pelos pobres, que os ajude realmente a mudar de vida. Ajuda-nos a tornar a nossa fé forte humilde, no nosso mundo que parece tão longe de Ti, mas que de Ti tem uma grande sede. Faz com que possamos ser sinais de esperança para muitos, como o foram Vicente e Luísa,em simples colaboração na viagem sobre o oceano da vida. Ajuda-nos a não recuar diante das dificuldades e a estar sempre prontos a sujar as nossas mãos pelos pobres, nossos mestres. Faz com que na sua escola aprendamos a tornar-nos teus verdadeiros filhos e filhas, herdeiros dignos do carisma que tu confiaste a Vicente e Luísa para o bem da Igreja e da humanidade inteira. Que este ano jubilar seja para toda a Família Vicentina um ano de graça e de conversão,e para os beneficiários do nosso amor um ano de abundantes bênçãos. Amém”.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Uma Reflexão sobre a Caridade

1. INTRODUÇÃO:
“A caridade, alma da missão”. Se não for orientada pela caridade, isto é, se não brotar de um profundo ato de amor divino, a missão corre o risco de se reduzir a única mera atividade filantrópica e social. O amor que Deus nutre cada pessoa constitui o coração da experiência e do anúncio do Evangelho. O amor de Deus, que dá vida ao mundo, é o amor que nos foi concedido em Jesus, Palavra de salvação, ícone perfeito da misericórdia do Pai celeste.
O mandamento de difundir o anúncio do amor de Deus foi confiado por Jesus aos Apóstolos depois da sua ressurreição, e os Apóstolos, interiormente transformados no dia de Pentecostes pelo poder do Espírito Santo, começaram a dar testemunho do Senhor, morto e ressuscitado. A partir de então, a Igreja continua essa mesma missão, que constitui para todos os fiéis um compromisso irrenunciável e permanente.
Por conseguinte, cada comunidade cristã é chamada a fazer conhecer Deus, que é Amor. Foi sobre esse mistério da nossa fé que o Santo Padre o papa Bento XVI desejou deter como ponto de reflexão na sua Encíclica “Deus Caritas est”, isto é, Deus é Amor. Com o seu Amor, Deus permeia toda a criação e a história humana.
O pecado ofuscou no casal Adão e Eva a marca divina. Enganados pelo maligno faltaram ao relacionamento de confiança com o seu Senhor, persuadidos de que desse modo confirmavam o seu livre arbítrio.
Consequentemente, terminaram por perder a felicidade original e experimentaram a amargura do pecado e da morte. Graças a Cristo, Bom Pastor que não abandona a ovelha perdida, aos homens de todos os tempos é conferida a possibilidade de entrar em comunhão com Deus, Pai misericordioso, pronto a acolher novamente em casa o filho pródigo. Um sinal surpreendente desse amor é a Cruz.
Um amor fraterno que Jesus pede aos seus discípulos na “Última Ceia” tem a sua fonte no amor paterno de Deus.
O Apóstolo João observa: “Quem ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus”(I JO. 4, 7). Portanto, para amar segundo Deus é necessário viver nele e dele.
O Papa João Paulo II na sua Encíclica sobre a Missão do Redentor assim escreveu: “da alma de toda a atividade missionária: o amor, que é e permanece o verdadeiro motor da missão, constituindo também “o único critério pelo qual tudo deve ser feito ou deixado de fazer, mudado ou mantido. É o princípio que deve dirigir cada ação, e o fim par ao qual deve tender. Agindo na perspectiva da caridade ou inspirado pela caridade, nada é impróprio e tudo é bom”.
Desse modo, ser missionário quer dizer amar a Deus com todo o próprio ser a ponto de entregar-se, se for necessário, a vida por Ele.
II - O QUE É A CARIDADE?
A palavra caridade vem de caritas, termo usado por São Jerônimo como significado para a palavra grega ágape. A língua grega tem diversas palavras com o significado de amor, porém com sentidos diferentes, como por exemplo:
• Eros – o centro sou eu, desejo de ser amado. É o amor humano.
• Ágape – o centro é o outro, desejo de amar. É o amor divino.
Portanto, a caridade é o amor de Deus, aquele amor tão perfeito e sublime que só pode vir de Deus.
São João define a caridade não apenas como mais uma característica de Deus, mas como sua essência.
São Paulo, apóstolo define a caridade como a fé em ação, o vínculo da perfeição, o caminho que supera a todos, a virtude que nunca passará.
2.1. CONCEPÇÕES DE SÃO VICENTE A RESPEITO DA CARIDADE:
• A caridade como uma resposta verdadeira e afetuosa à necessidade do ser humano conforme o exemplo do Samaritano do Evangelho. Para São Vicente de Paulo, oferecemos nossas mãos e nosso coração a esta ação de Deus, levando sem nos darmos conta, o perfume comunicativo de Jesus.
• O nosso Santo Fundador e Pai Espiritual, Vicente de Paulo entendia a caridade como sendo “um amor elevado acima dos sentidos e da razão pela qual nos amamos uns aos outros pelo mesmo fim pelo qual Jesus Cristo amou as pessoas humanas para fazê-los santos neste mundo e bem aventurados no outro”.
• A caridade nos faz ir até Deus e o que O amemos com todo o entendimento.
III – JESUS CRISTO, ROSTO DE CARIDADE E VERDADE
A caridade na verdade, que Jesus Cristo testemunhou com a sua vida terrena e, sobretudo, com a sua morte e ressurreição, é a força propulsora principal para o verdadeiro desenvolvimento de cada pessoa e da humanidade inteira.
O amor – caritas – é uma força extraordinária, que impele as pessoas a comprometerem-se, com coragem e generosidade, no campo da justiça e da paz. É uma força que tem a sua origem em Deus, Amor eterno e verdade absoluta.
Por isso, defender a verdade, propô-la com humildade e convicção e testemunhá-la na vida são formas exigentes e imprescindíveis de caridade. Amor e verdade são a vocação colocada por Deus no coração e na mente de cada pessoa.
O Papa Bento XVI nos coloca um desafio enorme:
 Será o ser humano capaz de caminhar na caridade e na verdade?
3.1. COMO DEVEMOS FAZER A CARIDADE:
• Evangelho de Mateus: 6, 1-4
• Carta aos Hebreus: 11, 6
• Evangelho de Lucas: 10, 25-37
• I Carta aos Coríntios: 13, 1-13
• Evangelho de Mateus: 25, 31-46
É evidente que a caridade isoladamente, se não for precedida de conversão não resultará na salvação, porque o único caminho que leva à salvação é a cruz de Cristo.
Caridade, portanto, constitui aquilo que de mais importante existe na vida espiritual. Homens e mulheres chamados, amor, ao interesse pelo “outro”, que é o Pobre. A caridade é o preceito fundamental da vida cristã. É o núcleo central da pregação cristã.

Fontes:
1. Caridade-Missão – Organizador PE. Mizaél, CM, 1.a Edição, S.Paulo, 2010;
2. A Caridade como força de transformação. Coleção Vicentina 26. Organizador Pe. Mizaél Donizetti Poggioli, 1.a edição, 2008;
3. Comentários das Encíclicas dos Papas João Paulo, II e Bento XVI –“Missão Do Redentor”, “Deus Caritas Est” e “Caridade na Verdade”.

Pe. Carlos César, CM

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Cronologia da vida de São Vicente de Paulo

1581: 24 de abril, nascimento em Pouy, perto de Dax (Landes).
1595-1597: estudo em Dax; Preceptor da família De Comet.
1597-1604: estudos teológicos em Tolosa; preceptor em Buzet.
1598: morte do pai de Vicente de Paulo. Subdiaconato e Diaconato, em Tarbes.
1600: 13 de setembro: ordenado padre, em Chateau L'Evèque, com apenas 19 anos. Cura de Tihl, diocese de Dax. Viagem a Roma.
1604: 12 de outubro, bacharel em Teologia.
1605-1607: viagem a Bordeus, Tolosa e Marselha. Carta do Cativeiro.
1605-1608: permanência em Avinhão e em Roma.
1608: chegada a Paris.
1609: calúnia do Juiz de Sore. Primeiros contatos com Bérulle.
1610: capelão da Rainha Margarida de Valois. Aquisição da Abadia de São Leonardo de Chaumes.
1611: estadia no Oratório de De Bérulle. Contato com um teólogo tentado contra a fé.
1612: 2 de maio: posse como vigário de Clichy.
1613: setembro, nomeado Preceptor da família dos Gondi
1614: tentação contra a fé durante 3 ou 4 anos.
1615: nomeado Cônego de Ecouis, diocese de Evreux. Doença nas pernas.
1616: desliga-se da Abadia de São Leonardo de Chaumes.
1617: confissão do camponês de Gannes (Oise) e Sermão em Folleville (25 de janeiro). Inícios da Congregação.
1617: saída da casa dos Gondi. Pároco de Châtillon-les-Dombes. Sermão sobre a Caridade. Primeiro grupo de Senhoras da Caridade. Volta à casa dos Gondi.
1618: missões nas terras da Família Gondi. Criação das Confrarias da Caridade em Villepreux, Joigny, Montmirail. Encontro com São Francisco de Sales.
1619: capelão Geral das Galeras (8 de fevereiro).
1620: missões e criação das Confrarias em Folleville, Paillard.
1621: confraria da Caridade de Homens, em Joigny. Encontro com a fundadora das Visitandinas, de Chantal.
1622: nomeado Superior da Visitação. Viagem a Marselha.
1623: missões nas Galeras. Viagem à terra natal. Licenciatura em Direito Canônico.
1624: nomeação como Principal do Colégio Des Bons Enfants. Primeiros contatos com o Abade Saint Cyran.
1625: contrato de fundação da Congregação da Missão (17 de abril); morte da Senhora de Gondi (23 de junho). Primeiros contatos com Luísa de Marillac.
1626: aprovação da Congregação da Missão pelo Arcebispo de Paris (24 de abril). Vicente de Paulo faz doação de seus bens aos parentes.
1627: primeiro irmão coadjutor recebido na Congregação.
1628: contato com Agostinho de Potier Bispo de Beauvais, sobre a urgência da Reforma do clero. Prega o retiro dos ordinandos em Beauvais.
1629: início dos Retiros, nos Bons Enfants. Envia Luísa de Marillac em visita às Caridades.
1631: início dos Retiros aos ordinandos, em Paris.
1632: posse de São Lázaro.
1633: início das Conferências Eclesiásticas das Terças-Feiras. Primeiras Filhas da Caridade, sob a direção de Luísa de Marillac.
1635: projeto de Confraria da Caridade, na Corte.
1636: missionários enviados como Capelães Militares.
1637: discussão de Saint Cyran com São Vicente.
1638: início da Obra das Crianças abandonadas.
1639: ajuda à Lorena. Missão aos refugiados em Paris.
1640: atuação de São Vicente junto a Richelieu em defesa da paz.
1642: Primeira Assembléia Geral da Congregação da Missão, São Vicente apresenta sua demissão. Começo de um Seminário no Colégio dos Bons Enfants. Morte do Cardeal Richelieu.
1643: assiste a Luís XIII agonizante. Nomeado para o Conselho de Consciência da Regência.
1644: grave enfermidade de São Vicente.
1646: fundação na Argélia. Missão na Irlanda e na Escócia. Pedido de fundação em Marrocos.
1648: oposição ao Jansenismo. Missão em Madagáscar.
1649: interferência de Vicente junto à Rainha, para o afastamento de Mazarino (Guerra da Fronde). Opõe-se às doutrinas de Port-Royal.
1551: implantação da Congregação, na Polônia.
1652: atendimento às regiões assoladas pelas guerras: 10.000 pobres alimentados em São Lázaro; 15.000 socorridos em Paris.
1653: Vicente deixa o Conselho de Consciência.
1655: problemas entre o Governo e a Congregação por ter acolhido o Cardeal de Retz, em Roma.
1658: entrega aos coirmãos as regras comuns da Congregação da Missão.
1659: imobilizado por causa da doença das pernas. Não pode mais celebrar. Designa secretamente seu sucessor, Renê Almeras.
1660: morte de Luísa de Marillac (15 de março). Projeto de Vicente de enviar missionários à China.
1660: 27 de setembro, 4:45 da manhã, morte de São Vicente de Paulo.
1729: 13 de agosto beatificado por Bento XIII.
1737: 16 de junho, canonizado por Clemente XII.
1885: 12 de maio, o Papa Leão XIII declarou São Vicente de Paulo Patrono de todas as obras de caridade, ou seja, das Obras Sociais da Igreja
1896: 2 de fevereiro, início da Sociedade São Vicente de Paulo em Curitiba-PR.
1900: 15 de abril, início das Damas da Caridade em Curitiba-PR
1903: 30 de junho, chegada dos padres da Congregação da Missão a Curitiba.
1904: 17 de outubro, chegada das Filhas da Caridade a Curitiba.


Pesquisa: Lourenço Mika



Itinerário Vicentino

















Vicente de Paulo


           
                                

                                    V erdadeiro coração
                                    I rmão do pobre,
                                   C imento e semente
                                   E ntre o céu e a terra.
                                   N ele permanece íntegra
                                   T ua imagem, Senhor
                                   E nvolta em suave mistério.

                                   D o pobre sofrido
                                   E da míseria criatura

                                   P ríncipio incessante de
                                   A uxilio fraterno,
                                   Ú nico consolo na
                                   L uta da vida, Vicente:
                                   O rosto de Cristo presente.

Autor: Assuero Gomes







domingo, 5 de setembro de 2010

Mês da Bíblia


" A Sagrada Escritura é a Palavra de Deus enquanto redigida sob a moção do Espirito Santo".
Quanto à Sagrada Tradição, ela "transmite integralmente aos sucessores dos apóstolos a Palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espirito Santo aos apóstolos para que, sob a luz do Espirito de verdade, eles, por sua pregação, fielmente a conservem, exponham e difundam"
Daí resulta que a Igreja, à qual estão confiadas a tansmissão e a interpretação da Revelação, "não deriva a sua certeza a respeito de tudo o que foi revelado somente da Sagrada Escritura. Por isso, ambas devem ser aceitas e veneradas com igual sentimento de piedade e referência"
(Catecismo da Igreja Católica,Nºs 81 e 82; Pag 35)

Comunidade em festa!! Aniversariantes do mês de setembro





07/09 - Pe.Aluiso
23/09 - Pe.Lino Roelofs
24/09 - Pe.Adauto
24/09 - Sem. Anderson Clay

sábado, 4 de setembro de 2010

Dia 11/09 festa de São João Gabriel Perboyre (Santo Vicentino)


João Gabriel Perboyre nasceu em Puech, diocese de Cahors, no sul da França, aos 06 de janeiro de 1802. Com 15 anos, entrou para o seminário de Montauban, dirigido pelos Padres Lazaristas, onde seu tio, Padre Jacques Perboyre, era reitor. Com 16 anos, já era um seminarista consciente da própria vocação. Na oração, na ascese e no zelo, dava provas da firmeza de seu propósito: Quero ser missionário... Oh, como é bela a cruz plantada em terra infiel e regada com o sangue dos apóstolos de Jesus Cristo.
Em 15 de dezembro de 1818, entrou para o Seminário Interno da Congregação da Missão e emitiu os votos a 28 de dezembro de 1820. Concluindo seus estudos em junho de 1823 e não podendo ser ordenado devido à idade (isso só aconteceria a 23 de setembro de 1826), retornou a Montauban como professor. Um ano depois de ordenado, foi nomeado superior do Seminário de Saint-Flour e, em 1832, diretor do Seminário Interno, em Paris.
Foi em 1820, quando estava no Seminário Interno, que Padre João Gabriel recebeu a notícia do martírio do Padre Francisco Régis Clet, depois de longos anos de trabalho missionário na China (1791-1820). Anos depois, por ocasião da chegada à Paris das relíquias do Padre Clet, o jovem missionário Perboyre, já como diretor do Seminário Interno, cargo também exercido por seu Coirmão martirizado, exclamou diante de seus formandos: Quisera eu ser mártir como Clet! Peçam a Deus que minha saúde se fortifique para que eu possa ir à China, a fim de pregar Jesus Cristo e morrer por ele.
A falta de saúde era realmente um grande obstáculo para seus sonhos. Mas Padre Perboyre nunca perdeu a esperança. De fato, em 1835, partiu para a China, desembarcando em Macau alguns meses depois. Neste território português, Padre Perboyre foi recebido por seus Coirmãos de Congregação para se dedicar ao estudo da cultura e, principalmente, da língua chinesa, esforço que empreendeu sem demora, permanecendo em Macau apenas quatro meses.
Em terras chinesas, apesar da grande perseguição contra a fé cristã, Padre Perboyre não se intimidou e se lançou de corpo e alma à missão. Para isso, preparou-se física e culturalmente: aprendeu o idioma chinês, mandou raspar a cabeça, salvo um punhado de cabelo atrás, prolongado por uma trança postiça, e deixou crescer o bigode. Sobre essa inculturação, escreveu a seu irmão: Se você pudesse me ver com meu traje chinês, se visse minha cabeça raspada, minha longa trança e bigode, balbuciando minha nova língua, comendo com os pauzinhos que servem de faca, colher e garfo... Para melhor se inculturar e servir ao povo chinês, Padre Perboyre, como todos os seus outros Coirmãos, também adotou um novo nome, passando a ser chamado de Padre Tong Weng Hio, ou simplesmente Padre Tong.
Partindo de Macau a 21 de dezembro de 1835, chegou a seu destino, Honam, quatro meses e meio depois, onde o esperavam seus Coirmãos, os Padres Baldus e Rameaux. Ali permaneceu um ano e meio, sendo transferido em janeiro de 1838 para Hopé, onde trabalhou até sua prisão a 16 de setembro de 1839. Uma breve atividade missionária! Nem mesmo cinco anos... Mas uma atividade missionária intensa e com muitos frutos, projetos e realizações, tudo para a glória de Deus, que o chamara para a Missão, e para a salvação do seu amado povo chinês.
Seu apostolado consistia, fundamentalmente, em percorrer os diversos povoados da região, pregando o Evangelho do Senhor e conclamando o povo à conversão e à santidade de vida. A estas missões, segundo seu próprio relato, geralmente acorriam muitas pessoas, inclusive algumas que, por causa das constantes perseguições, tinham abandonado e renegado sua fé.
Em meio às pregações e instruções do povo, Padre Perboyre dedicava-se, com muito afinco, às visitas domiciliares, por ele chamadas de santa violência, já que o Missionário era obrigado a percorrer, na maioria das vezes, grandes distâncias, a fim de não deixar uma só pessoa, casa ou família sem a visita e o anúncio do Evangelho.
Dos desafios enfrentados nestas missões, além da perseguição, deve-se enumerar a imensidão da China e a precária condição das estradas, o que muito dificultava a pregação missionária. As viagens eram feitas quase sempre a pé, raras vezes a cavalo, por montanhas desertas, caminhos tortuosos e rios pouco providos de pontes. Sobre estas dificuldades, o próprio Perboyre deixou um testemunho:
Havia já várias horas que não conseguia me arrastar, a não ser com a ajuda de um guarda-chuva. Isso, no entanto, impedia-me de usá-lo para me defender da chuva que caía a cântaros. Sentava-me em todas as pedras que encontrava e logo me levantava, agarrando-me com as mãos. Mas teria me agarrado até mesmo com os dentes, se isso fosse necessário para continuar o caminho que a Providência me tinha assinalado.
Apesar de todas estas grandes dificuldades, chegando aos povoados, o Missionário praticamente não tinha tempo de recuperar as forças e se alimentar. Vendo-o chegar, o povo acorria, no mais vivo desejo de receber a graça de Deus pelos sacramentos, principalmente pela Penitência, e pela acolhida da Igreja, ali presente, em todo seu zelo missionário, na pessoa do Padre João Gabriel Perboyre.
Passava, então, horas e horas na escuta dos fiéis, atendendo cada um em particular; celebrava, em comunhão com a vida sofrida do povo, a memória da Salvação do Senhor, renovada diariamente no Altar da Eucaristia; falava de Deus tanto às crianças quanto aos adultos, iluminando, inspirando boas ações e abrindo-lhes à esperança do Reino, ao amor e à fraternidade. Como pastor solícito, acolhia cada chinês em seu próprio coração; partilhava suas dores, compadecia-se de seus sofrimentos e não lhes deixava no desamapro e na miséria, tudo fazendo para que pudessem experimentar, já aqui, da vida em plenitude prometida por Jesus (cf. Jo 10,10).
Ao lado deste trabalho extenuante, mas necessário, exigente, mas desejado desde as primícias de sua vocação, Padre Perboyre ainda tinha tempo para uma série de atividades, assumidas com responsabilidade e igual dedicação. Ocupava-se com a administração dos recursos financeiros que a Missão recebia; com a educação e instrução dos vocacionados, que sentiam o desejo de se consagrar a Deus como presbíteros e missionários; com a formação do clero nativo, a fim de que a evangelização pudesse se desenvolver com mais fluência e a Igreja estabelecer-se sem dependência estrangeira; e ainda com a reorganização das circunscrições missionárias e diocesanas, para as quais preparou um excelente projeto, implementado após sua morte, visando a melhor execução dos trabalhos da Igreja Local.
Em meio a tantas atividades e com um futuro claramente promissor em terras chinesas, Padre Perboyre foi ceifado pela perseguição. Todos os seus projetos e empreendimentos apostólicos recebiam ali um termo e seriam, com sua oferta e para a decepção de seus perseguidores, ainda mais fecundados.
Tal perseguição, que culminaria com seu martírio, começou na aldeia de Nan-Kiang, num domingo, após a missa. Os soldados investiram contra os cristãos, saqueando e incendiando a igreja. Fugindo, Padre Perboyre se escondeu num bambuzal, depois na casa de um catequista e, no dia seguinte, numa floresta vizinha. Mas o Missionário foi traído e entregue por um neófito. Preso, foi arrastado de tribunal em tribunal e torturado pelos soldados. Interrogado quanto à sua fé, respondeu entusiasmado: Sou europeu e missionário dessa religião. No entanto, às calúnias e maus tratos preferia responder mais pelo silêncio do que por palavras. Firme em suas convicções, afirmava: Antes morrer do que renegar a fé.
Em Ku Chen, Padre Perboyre submeteu-se a dois interrogatórios; em Sian Yan Fu, outros quatro, sendo que, em um destes, foi obrigado a ficar meio dia de joelhos, em cima de correntes e preso numa viga de madeira. Em Outchangfou, último estágio a ser enfrentado, o resistente e intrépido Missionário ainda sofreu vinte interrogatórios, todos feitos mediante intensa tortura. No entanto, apesar de todo este sofrimento, Padre Perboyre não revelou o que queriam seus algozes: o nome dos demais Missionários, para que a perseguição pudesse se estender por todo o Império. Também não aceitou o sacrilégio de pisar na cruz, sinal preclaro da salvação e do amor de Deus pela humanidade, e esta recusa lhe rendeu cento e dez açoites de uma só vez.
Finalmente, a 11 de setembro de 1840, o correio imperial ratificou sua sentença de morte: tirado da prisão, revestido da túnica vermelha dos condenados, foi levado para ser estrangulado. Padre Perboyre foi descalço, mãos atadas atrás das costas, sustentando uma longa vara em cuja extremidade tremulava o motivo de sua condenação: professar a fé cristã. Chegara o momento supremo. Em Outchangfou, de joelhos, ao pé da forca, o Missionário dirigiu a Deus sua última prece. Amarrando-o num madeiro em forma de cruz, seus algozes impiedosamente o estrangularam. Ali morria, no ardor de sua fé, mais um Missionário, determinado em suas convicções e em seu zelo apostólico.
Seu martírio coroou sua tenacidade evangélica e sua radical opção por Jesus e pelos Pobres do Reino. Com uma vida toda entregue a Deus e aos irmãos, soube configurá-la de forma surpreendente a Cristo Missionário e Crucificado. De fato, o desejo de se assemelhar a Jesus, Evangelizador dos Pobres, não o deixou sossegado. Nele ardia o grande desejo de tornar concreto o projeto de Deus, de anunciá-lo a todos os povos e, em cada canto da China, fazer com que esse Reino fosse explicitado, propiciando novos tempos de graça e de esperança para todas as pessoas, especialmente para os pequeninos, aos quais tinha consagrado, alegre e abnegadamente, sua vida e seu ministério. Em uma de suas orações, proposta aos jovens seminaristas, Padre Perboyre deixou transparecer todo este ardor missionário, vivido e comunicado ao longo de seus dias:
Ó meu Divino Salvador, por vossa onipotência e misericórdia infinita, fazei que eu me converta e seja totalmente transformado em vós. Que minhas mãos sejam as mãos de Jesus, que meus olhos sejam os olhos de Jesus; que todos os meus sentidos e o meu corpo sirvam apenas para glorificar-vos. Mas, sobretudo, transformai a minha alma e todas as suas potências: que minha memória, inteligência e coração sejam a memória, a inteligência e o coração de Jesus; que minhas ações e meus sentimentos sejam semelhantes a vossas ações e a vossos sentimentos; e que, como o Pai disse de vós: “Eu hoje te gerei”, possais dizer o mesmo de mim e dizer ainda como o vosso Pai celeste: “Eis aqui meu filho bem amado, em quem ponho todo o meu agrado”.


Beatificação: 10 de novembro de l889, por Leão XIII

Canonização: 02 de junho de 1996, por João Paulo II



Memória Litúrgica: 11 de setembro