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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Santa Catarina Labouré ( 1806- 1876) - Filha da Caridade.

Catarina Labouré nasceu em Fain-les-Moutiers, França, a 02 de maio de 1806 e, no dia seguinte, foi batizada. Apesar do bonito nome, todos a chamavam de Zoé. Catarina tinha apenas nove anos quando sua mãe morreu. Nesta ocasião, foi vista de pé, sobre uma mesa, apertando ao coração a imagem de Maria e dizendo: De agora em diante, serás a minha mamãe.
Com a ida de sua irmã mais velha para a Companhia das Filhas da Caridade, assumiu toda a responsabilidade de dona de casa, com apenas 12 anos. Catarina cozinhava, levava a comida aos trabalhadores do campo, assumia os afazeres domésticos e se desvelava, tal como uma boa mãe, no cuidado do pequeno irmão Augusto. Mesmo com todas essas ocupações ordinárias, nada a impedia de achar tempo para fazer seus exercícios de piedade, oração e meditação.
Quanto à sua vocação, um fato singular lhe mostrou qual comunidade deveria escolher. Catarina sonhou com um padre idoso e de semblante sereno, que lhe dizia: Minha filha é muito bom cuidar dos doentes; agora tu foges de mim, mas um dia tu me procurarás e serás feliz em achar-me. O bom Deus tem desígnios sobre ti.
Mais tarde, ao entrar no parlatório de uma das casas das Filhas da Caridade, Catarina ficou impressionada ao encontrar um retrato parecido com o padre que tinha visto em sonho. Perguntou, então, quem era. Quando lhe disseram que era São Vicente de Paulo, o mistério se esclareceu e ela compreendeu que era o fundador da Comunidade a que deveria pertencer.
Quando Catarina revelou ao pai o seu desejo, foi severamente repreendida e proibida de tomar tal iniciativa. Só a 21 de abril de 1830, conseguiu a permissão e entrou para a Companhia das Filhas de Caridade.
No Seminário, Irmã Catarina recebeu a graça extraordinária de ver a Santíssima Virgem, sem jamais alterar o ritmo ordinário de seu cotidiano de oração intensa e trabalho zeloso. Dessa forma, deixava transparecer a constância de seu caráter e a autêntica humildade que carregava em seu íntimo e que a todos encantava. Continuava sua vida na simplicidade, no silêncio e na dedicação aos Pobres. Somente o Padre Aladel, seu orientador espiritual e confessor, que a seguia muito de perto, ficara sabendo das aparições e das mensagens da Santíssima Virgem. Exteriormente, em nada se distinguia das outras Irmãs, senão por uma fascinante discrição e prudência, consagrando-se inteiramente a Deus e aos Pobres como simples e humilde Filha da Caridade.
As aparições se deram em três momentos. A primeira foi na noite de 18 para 19 de julho de 1830, na qual a Virgem lhe apareceu sentada em uma cadeira na Capela da Casa-Mãe das Irmãs. Na segunda, a Virgem apareceu segurando um globo em suas mãos. E, na terceira, a 27 de novembro, foi-lhe revelado o formato da Medalha que deveria ser cunhada, logo chamada Medalha Milagrosa.
Irmã Catarina, depois da formação inicial, durante a qual aconteceram as aparições, passou seus outros 46 anos de vida em Reuilly, num humilde e silencioso serviço aos pobres anciãos. As aparições da Santíssima Virgem, a Senhora das Graças, não foram para Irmã Catarina motivo de orgulho ou de ambições por privilégio e reconhecimento. Sua experiência de intimidade com a Mãe do Senhor potencializava seu amor a Deus e sua abertura às necessidades do próximo. Doada inteiramente à sua missão de Filha da Caridade, Irmã Catarina, ao longo de sua vida, expressou, com palavras e ações, a graça que tinha recebido: ser mensageira do amor de Jesus Cristo, tão bem vivido por Nossa Senhora, aquela que, no sentir de São Vicente, melhor do que nenhum outro penetrou no sentido das máximas evangélicas e as praticou (SV XII, 129 / ES XI, 428).
A 31 de dezembro de 1876, chegou para ela o derradeiro dia na terra. Uma das Irmãs presentes, à hora de sua morte, disse-lhe, com acento de tristeza: Irmã Catarina, partes sem me dizer uma palavra da Santíssima Virgem? Então, inclinando-se para a Irmã, murmurou: Nada posso dizer. Meu confessor tem essa missão. Cinqüenta e três anos após sua morte, seu corpo foi exumado e, surpreendentemente, encontraram-no inteiramente conservado.
Santa Catarina Labouré: uma vida escondida com Cristo no coração de Deus (cf. Cl 3, 3). Um silêncio mais eloqüente do que muitos discursos. Um testemunho de que a santidade é dom e tarefa, compromisso a ser assumido na brisa suave do cotidiano da vida, onde Deus se manifesta.
Beatificação: 28 de maio de 1933, por Pio XI
Canonização: 27 de julho de 1947, por Pio XII
Memória Litúrgica: 28 de novembro














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