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terça-feira, 17 de julho de 2012

A 1ª Aparição de N. Senhora a Sta. Catarina Labouré - 18 de Julho de 1830

O encontro de 18 de julho de 1830 é instrutivo sob vários aspectos. Através da pessoa de Maria, radiante de Deus, o caminho espiritual efetuado por Catarina é uma proposta para nos abrirmos ao infinito.
                                     O amor espera com paciência
A experiência do encontro de Catarina com Maria é antes de tudo, uma história de amor. Por sua abordagem progressiva e discreta, Maria serve-se pacientemente do caminho da conquista no sentido empregado pela raposa no conto de Exupéry. A relação sobrenatural que Maria oferece à Catarina não é para esmagá-la de bondade condescendente ou de exigências. Ela propõe-lhe que viva um encontro na verdade, na luz de Deus, onde cada pessoa tem necessidade do outro e a necessidade de amar. Toda a Bíblia não reconstitui a inexplicável história de amor de Deus com os homens e a infatigável confiança que Ele se obstina a dar-lhes? Já às primeiras páginas do livro de Gêneses, escutamos os passos de Deus que passeia, entre árvores do jardim, em busca do homem e a sua voz que chama como a de um Pai procurando o seu filho: “Adão, onde estás?” (Gn 3,8-9). Nas outras páginas, Deus não cessa de se apresentar como amoroso vindo em nossa busca, que chora por não nos encontrar e que teme nos perder quando nos deixamos encontrar, que nos carrega em seus braços quando nos esgotamos ou ferimos, que se coloca de joelhos diante de nós para lavar nossos pés, que partilha as nossas angústias até à morte e dá a sua vida para nos salvar.
 É Ele ainda que prepara a mesa da festa em torno da qual Ele nos convida a tomar lugar, com a feliz esperança de nos ver todos reunidos em redor d’Ele. Assim, no dia 18 de julho de 1830, com uma simplicidade toda familiar, Maria se senta numa poltrona. Está ali, presente, acolhedora, pura oferenda. É ao mesmo tempo a Irmã, a Mãe e a humilde Serva do Senhor. Sua atitude reflete e prolonga à maneira humana, a atitude de Deus revelada em Jesus quando diz a Zaqueu: “Hoje, convido-me para entrar em tua casa”. Jesus, mendigo do amor, se coloca humildemente à porta, e bate… Deus vem nos visitar, geralmente, sem fazer barulho. Convida-se como um amigo. Ele bate à nossa porta e espera respeitosamente a nossa resposta, porque não pode nos forçar a amar. O Amor não é possessivo, é oferenda. Deus mendiga nosso sim, nosso sorriso. Desde que Ele encontre em nós a porta aberta, pede senão para entrar e abrasar nosso coração com seu Amor. Mas, quando nós O acolhemos, Ele já se antecipou para nos acolher. Com Maria, compreendemos que o Amor de Deus nos precede e que a nosso não é senão resposta ao seu.
Fonte: Catarina Labouré – A mensageira do céu. Irmã Anne Prévost, FC 

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