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segunda-feira, 13 de maio de 2013

Para Refletir: São Vicente de Paulo

Caros Irmãos e Irmãs,
No dizer de alguém, São Vicente de Paulo, “quase mudou a face da Igreja”. Considero uma afirmação justa, pois sendo ele um homem de seu tempo, sua capacidade e enxergar longe, de ter uma visão da realidade sob o método do VER-JULGAR-AGIR, pensado e adotado pelo Concílio Vaticano II, quase três séculos depois.
O amor que São Vicente tinha pela Igreja era extraordinária.  A partir de sua vida de união com Deus, pela Oração e a aplicação da oração na vida concreta, ele chegou a dizer que a Igreja precisava se converter aos pobres, tornando-se uma Igreja servidora.
Essa mentalidade era impensável para o contexto do Século XVII. Por isso, convém expressar com toda propriedade que a vida e missão do Pai da Caridade, foi orientada por uma fé autêntica, comprovada no amor-serviço aos pobres, “razão teológica” de nossa vocação vicentina.
Como herdeiros do carisma que norteou definitivamente a vida de nosso honoratíssimo Pai Vicente de Paulo, temos o compromisso de, imbuídos do Evangelho, guiados pelo Espírito, fonte de profecia e esperança, transmitir na fé e na obediência a experiência de São Vicente de Paulo com o testemunho de nossa vida.
O contexto de mundo e de Igreja no tempo de São Vicente como também a conjuntura atual da Igreja e do mundo revelam a necessidade de trabalharmos em espírito de unidade e com “a força dos braços e o suor do rosto” para que o amor a paz, a  justiça, a solidariedade, a distribuição equititativa dos bens naturais, a reforma agrícola e agrária sejam as bases fundamentais para conduzir a humanidade para uma vida digna, segundo o Projeto de Deus, anunciado e testemunho por Jesus Cristo, “O Enviado do Pai” ao mundo para nos salvar.
Contemplando essa imagem do glorioso Vicente de Paulo, patrono de todas as obras de caridade, podemos interpretar de várias maneiras. O gesto que ele aponta significa que é necessário silenciar antes para escutar o outro. Esse outro que é o próximo, alguém que está perto de nós seja fisicamente, seja pelos laços consangüíneos, seja pela prática da caridade evangélica, como nos ensina a parábola do Bom Samaritano. Significa a importância de silenciar em atitude de respeito, de veneração, de busca atenta a voz do Espírito Santo que nos interpela através do acontecimentos. Significa ainda que devemos falar pouco, ouvir e agir muito.
A fidelidade compreendida por São Vicente orienta os seus filhos e filhas e todos que o tem como fundador e inspirador a buscarem sempre corresponder na seriedade, na firmeza, na convicção e  no serviço evangelizador dos pobres, verdadeiramente pobres e os considerados “vulneráveis”, na linguagem hodierna.
Peçamos a constante proteção da Santíssima Vírgem, modelo de Mãe, de serva fiel e discípula missionária que apresente a Jesus Cristo e este como Filho ao Pai nosso desejo de viver na santidade.
União de orações e um grande abraço,
 Padre César, CM

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